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A temporada de resultados do segundo trimestre em Wall Street acelera o ritmo nesta semana, com os investidores se preparando para a melhor apresentação de resultados em mais de uma década, em meio à redução do impacto da crise da Covid-19 em diversos setores e empresas.
Com o Nasdaq perto da sua máxima histórica, o foco estará voltado mais uma vez às cinco maiores empresas americanas de tecnologia, que devem divulgar seus balanços nesta semana.
A expectativa é que todas as cinco apresentem excelentes resultados trimestrais, consolidando ainda mais seu domínio do setor tecnológico.
A Alphabet (NASDAQ:GOOGL) (SA:GOGL34), empresa controladora do Google, registra o melhor desempenho entre as ações do grupo FAAMG em 2021 até agora – por larga margem –, à medida que a gigante dos mecanismos de busca continua se beneficiando da ampla força do mercado de publicidade online.
As ações do GOOGL, que acumulam alta de 44% no ano, fecharam a US$2.524,20 na terça-feira, bem perto da máxima recorde de US$2.585,50 tocada em 14 de julho.
A empresa tem uma capitalização de mercado de US$ 1,69 trilhão, o que a faz ser a quarta empresa mais valiosa das bolsas de valores dos EUA.
O Google registrou recorde de vendas no 1º tri e anunciou um novo programa de recompra de ações de US$50 bilhões.
As estimativas de consenso são de um lucro por ação (LPA) de US$ 19,11, uma impressionante alta de 88,6% em relação ao LPA de US$10,13 no mesmo período do ano passado. A previsão de receita é de cerca de US$ 55,9 bilhões, aumentando cerca de 46% sobre vendas de US$ 38,3 bilhões ante mesmo trimestre do ano passado, graças à disparada nos gastos com anúncios digitais.
Os investidores ficarão atentos às taxas de crescimento no segmento de buscas e publicidade, que registraram alta ano a ano de quase 32%, para US$44,6 bilhões no trimestre anterior. A receita publicitária do YouTube saltou 49% ano a ano, para US$6,01 bilhões no último trimestre e também estará em foco.
Além disso, outro segmento que deve registrar um crescimento explosivo é a lucrativa plataforma Google Cloud, cujas vendas dispararam 46%, para US$ 4,05 bilhões, no 1º tri. A companhia tem investido pesado em seus negócios na nuvem, que ainda não são rentáveis, para concorrer com Amazon e Microsoft.
Os investidores também vão querer saber novos detalhes sobre o processo antitruste em andamento no Departamento de Justiça americano contra o Google. Parte do processo tem a ver com acusações de que a companhia monopoliza sua função de pesquisa na internet para eliminar a concorrência.
A Microsoft (NASDAQ:MSFT) (SA:MSFT34) está voando alto, com suas ações atingindo máximas recordes nos últimos tempos, graças a uma robusta demanda por suas ofertas baseadas em nuvem.
A empresa sediada em Redmond, Washington, viu suas ações dispararem cerca de 26% desde o início do ano, superando a alta de 15% do S&P 500 no mesmo período.
As ações da MSFT atingiram a máxima histórica de US$284,10 em 16 de julho e fecharam a US$279,32 na noite passada. A empresa tem uma capitalização de mercado de US$2,10 trilhões, o que a faz ser a segunda empresa mais valiosa das bolsas de valores dos EUA.
A Microsoft superou as expectativas de resultados e receita no último trimestre e divulgará seu próximo balanço no dia 27 de julho, após o fechamento do mercado.
As estimativas de consenso convergem para um LPA de US$1,91 para o quarto trimestre fiscal, uma melhora de cerca de 31% em relação ao LPA de US$1,46 do mesmo período do ano anterior.
A receita deve alcançar a máxima histórica de US$ 44 bilhões, uma alta de quase 16% sobre vendas de US$ 38 bilhões no mesmo período do ano anterior, graças à forte demanda por seus produtos de computação na nuvem.
Além desses números, os investidores se debruçarão sobre o crescimento no seu segmento de Intelligent Cloud, que abrange Azure, GitHub, SQL Server, Windows Server e outros serviços corporativos. A receita da Microsoft com nuvem comercial saltou 23% ano a ano, para US$ 15,1 bilhões em seu último trimestre, ao passo que a receita proveniente dos serviços Azure disparou 50%.
Outra métrica-chave que estará em foco será o desempenho da unidade de Produtividade e Processos Empresariais da Microsoft. Esse segmento crucial abrange o pacote de produtividade em nuvem do Office 365, seu aplicativo de comunicações Teams, o LinkedIn além dos produtos e serviços na nuvem da Dynamics.
A Apple (NASDAQ:AAPL) (SA:AAPL34) está com tudo antes do seu balanço, com suas ações registrando uma série de máximas recordes nos últimos pregões.
As ações da AAPL fecharam a US$146,15 ontem, não tão distantes da máxima recorde de US$149,98 tocada em 15 de julho. A empresa tem uma capitalização de mercado de US$2,44 trilhões, o que torna essa gigante da tecnologia sediada em Cupertino, Califórnia, a companhia mais valiosa listada nas bolsas dos EUA.
Apesar dos ganhos recentes, a Apple viu suas ações registrarem desempenho pior entre as quatro Big Techs, saltando “apenas” 10,1% desde o início de 2021.
A estimativa de consenso é de um LPA de US$1,00 para o terceiro trimestre fiscal, um salto de quase 56% frente ao mesmo período do ano passado.
A receita deve crescer mais de 22% ano a ano, para US$73 bilhões, refletindo a forte demanda por sua linha de modelos iPhone 12 com tecnologia 5G.
Além dos números de resultados e faturamento, Wall Street prestará muita atenção ao crescimento das vendas de iPad e Mac, que tiveram bom desempenho em meio ao atual ambiente de teletrabalho, graças a taxas de crescimento de receita ano a ano de 79% e 70%, respectivamente, no último trimestre.
Também estarão em foco quaisquer atualizações no crescimento de serviços – que incluem App Store, AppleCare, iCloud, Apple Pay, Apple Music, Apple TV+, e Apple Fitness+, além de wearables (acessórios), como AirPods e Apple Watch.
Além disso, os investidores vão querer detalhes sobre o possível impacto regulatório e desafios legais que a Apple enfrenta atualmente nos EUA e Europa.
Apesar de diversos desafios, como as atuais investigações regulatórias ao redor do mundo,as preocupações com a privacidade e as recentes mudanças no iOS 14 da Apple que podem ter repercussão negativa nos negócios com publicidade, o Facebook (NASDAQ:FB) (SA:FBOK34) vem tendo bom desempenho ultimamente.
As ações do FB acumulam alta de 25,1% no ano e fecharam a US$341,66 na noite passada, não tão distantes da máxima recorde de US$358,67 em 6 de julho. Nos níveis atuais, a empresa de Menlo Park, Califórnia, está avaliada em US$968,7 bilhões, o que a faz ser a quinta companhia mais valiosa nas bolsas americanas.
A gigante das redes sociais se beneficiou de uma aceleração nos gastos com publicidade e agora conta com quase 3,45 bilhões de usuários mensais em sua família de aplicativos, como Instagram, Messenger e WhatsApp.
O Facebook superou as estimativas de lucro e receita no 1º tri e deve divulgar seus resultados para o quarto trimestre na quarta, 28 de julho, após o fechamento dos mercados americanos.
O consenso converge para um LPA de US$3,03 para o período, uma alta de 69% em relação ao LPA de US$1,80 no mesmo período do ano anterior. A receita, enquanto isso, deve crescer mais de 49% ano a ano para US$27,8 bilhões, graças à forte demanda de anunciantes durante a temporada de festas.
Como sempre, o mercado ficará atento à atualização do Facebook sobre suas contas de usuários ativos, bem como à receita média por usuário.
O Facebook disse que os usuários ativos diariamente cresceram 8% em relação ao ano anterior, para 1,88 bilhão, enquanto os usuários ativos mensalmente aumentaram 10%, para 2,85 bilhões.
As ações da Amazon (NASDAQ:AMZN) (SA:AMZO34) também têm apresentando desempenho inferior entre as líderes no setor de tecnologia, valorizando-se menos de 10% desde o início do ano. Tal como a Apple, os papéis da Amazon ficaram atrás dos índices S&P 500 e Nasdaq até agora em 2021.
Amplamente considerada como uma das maiores vencedoras da crise sanitária de Covid-19, as ações da Amazon enfrentaram dificuldades neste ano, na medida em que as restrições da pandemia acabaram e os consumidores voltaram a comprar em lojas físicas.
Os papéis da AMZN atingiram a máxima histórica de US$3.773,00 em 13 de julho, encerrando ontem a US$3.573,19. Com um valuation de US$1,80 trilhão, a companhia sediada em Seattle , Washington, é a terceira empresa mais valiosa listada na bolsa de valores dos EUA.
A Amazon divulgou excelentes resultados e receita no último trimestre e deve apresentar seu balanço em 29 de julho após o fechamento dos mercados.
O consenso converge para um LPA de US$12,21, que indica um crescimento anualizado de cerca de 19% em relação ao LPA de US$10,30 no 2º tri de 2020. A receita, enquanto isso, deve saltar quase 30% em relação ao mesmo período do ano passado, para US$115,3 bilhões, refletindo a força tanto do e-commerce quanto da computação na nuvem.
Os investidores também se debruçarão sobre o sucesso da unidade de computação na nuvem da companhia, para ver se continua com seu impressionante ritmo de expansão. A receita do Amazon Web Services saltou 32%, para US$13,5 bilhões no primeiro trimestre, cimentando sua posição de liderança no segmento, à frente do Microsoft Azure e Google Cloud.
Além dos seus segmentos centrais de varejo e nuvem também estará em foco, já que pode se tornar mais um importante vetor de crescimento da Amazon. Embora a empresa não revele seus números de receita publicitária, eles estão incluídos na categoria “Outros” do seu relatório, que teve um crescimento de 77%, para US$6,9 bilhões no último trimestre.
O crescimento em sua unidade de serviços por assinatura, composta principalmente pelo Amazon Prime, também está em foco. A empresa agora possui 200 milhões de assinantes do Prime, 50 milhões a mais do que no início de 2020.
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