Neste artigo, vamos fazer um panorama dos mercados globais, destacando movimentos de ativos, mudanças políticas e implicações econômicas, com insights gráficos para interpretar o cenário de risco.
1. Capitalização do Bitcoin supera a da prata
O Bitcoin atingiu novos recordes durante a semana passada, alcançando uma máxima de US$ 93.000 no meio da semana. Agora, é o 8º maior ativo do mundo em valor de mercado, ultrapassando a prata, com US$ 1,74 trilhões em capitalização.
Fonte: CompaniesMarketCap.com
2. ETF de Bitcoin da BlackRock estabelece novo marco histórico
Em 2017, Larry Fink, presidente da BlackRock (NYSE:BLK), criticava o Bitcoin, chamando-o de "índice de lavagem de dinheiro". Desde então, mudou de opinião e, em 2023, declarou que a criptomoeda poderia revolucionar o setor financeiro.
No primeiro trimestre deste ano, a BlackRock obteve aprovação da SEC para lançar o primeiro ETF de Bitcoin nos EUA. Esse fundo arrecadou US$ 40 bilhões em ativos sob gestão em tempo recorde, tornando-se o ETF de maior sucesso em termos de velocidade para atingir esse marco.
O gráfico compara o crescimento de ativos do iShares Bitcoin ETF (IBIT) com outros ETFs renomados, como o Vanguard S&P 500 (NYSE:VOO) e o iShares MSCI Emerging Markets (NYSE:IEMG).
Fonte: Bloomberg Intelligence
3. Nomeação de RFK Jr. afeta farmacêuticas
Donald Trump anunciou Robert F. Kennedy Jr. como Secretário de Saúde em 14 de novembro. Conhecido por seu ceticismo sobre vacinas, RFK Jr. tem defendido reformas radicais no sistema de saúde dos EUA, incluindo foco em nutrição e doenças crônicas.
O mercado já precificava essa possibilidade, o que levou a quedas acentuadas em ações de farmacêuticas nas últimas semanas. Após o anúncio oficial, as perdas aceleraram: Moderna (NASDAQ:MRNA) caiu 30,6%, Novavax (NASDAQ:NVAX) recuou 42,7% e BioNTech (NASDAQ:BNTX) perdeu 11,9%.
Trump reforçou: “Por muito tempo, os americanos foram explorados pelo complexo industrial de alimentos e pelas empresas farmacêuticas.”
Fonte: Breaking911 NBC, Mario Nawfal
4. Excepcionalismo americano em nova máxima histórica
Os Estados Unidos agora representam 74% da capitalização global do índice MSCI, alcançando um novo recorde histórico.
Fonte: Société Générale (EPA:SOGN)
5. Federal Reserve cortou juros cedo demais?
O relatório de inflação dos EUA para outubro mostrou alta de 2,6% no CPI anual, enquanto o núcleo do índice manteve-se em 3,3%. O mercado imobiliário avançou 4,9%, e os preços de transportes estabilizaram em 8,2%, refletindo pressões inflacionárias persistentes.
Após o corte de 50 pontos-base nos juros em setembro, o Fed enfrenta desafios complexos:
- A China implementa estímulos fiscais e monetários.
- O novo governo nos EUA incentiva o crescimento com cortes de impostos e aumento nos gastos em infraestrutura, elevando a dívida e as pressões inflacionárias.
- Tarifas adicionais e restrições à imigração tendem a intensificar a inflação.
Esses fatores devem afetar os rendimentos de títulos de longo prazo nos próximos meses.
Fonte: Bloomberg
6. Funcionalismo público sob risco de grandes cortes nos EUA?
Donald Trump revelou planos para criar um Ministério da Eficiência Governamental, liderado por Elon Musk (Tesla (NASDAQ:TSLA), SpaceX, X) e Vivek Ramaswamy. O objetivo é reduzir a burocracia federal, cortar gastos e reestruturar agências públicas.
Com 23,47 milhões de trabalhadores no setor público dos EUA, Musk aplicaria, em tese, cortes drásticos semelhantes aos realizados no Twitter/X, onde reduziu 80% da força de trabalho. Isso equivaleria a 18,8 milhões de demissões, embora esse cenário seja improvável.
7. A dimensão e diversidade da África em perspectiva
A África é um continente de contrastes econômicos, abrangendo desde economias industrializadas como a África do Sul (PIB per capita de US$ 7.000) até países de baixa renda como Burundi (US$ 250 per capita). Essa diversidade econômica reflete profundas disparidades sociais e desafios estruturais.
Fonte: Commodity Trading Club