Taxas de juros curtas têm leves altas e longas caem em dia com leilão, Caged e Galípolo

Publicado 27.11.2025, 16:56
Atualizado 27.11.2025, 17:00
© Reuters

Por Fabricio de Castro

SÃO PAULO (Reuters) - As taxas dos DIs de curto prazo fecharam a quinta-feira com leves altas, enquanto as de longo prazo tiveram leves baixas, com o mercado reagindo ao longo do dia a leilão de títulos do Tesouro, dados do Caged e comentários do presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo.

Em uma sessão sem a referência dos Treasuries em função do feriado nos Estados Unidos, a taxa do DI para janeiro de 2028 estava em 12,77% no fim da tarde, em leve alta de 2 pontos-base ante o ajuste de 12,753% da sessão anterior. Na ponta longa da curva a termo, a taxa para janeiro de 2035 marcava 13,215%, em queda de 5 pontos-base ante 13,265%.

O feriado do Dia de Ação de Graças nos Estados Unidos deixou os mercados de renda fixa ao redor do mundo sem sua principal referência.

No Brasil, o leilão de títulos do Tesouro -- Letras do Tesouro Nacional (LTN) e Notas do Tesouro Nacional -- Série F (NTN-F), ambos prefixados -- influenciou a curva pela manhã.

Antes da operação, marcada para entre 11h00 e 11h30, as taxas dos DIs ganharam um pouco de força, com alguns agentes antecipando o hedge dos títulos. Depois do leilão, alguns participantes que não arremataram títulos devolveram taxas nos DIs, conforme um operador de renda fixa ouvido pela Reuters. O Tesouro vendeu um total de 22 milhões de LTNs e 6 milhões de NTN-F.

O viés de baixa para as taxas dos DIs após o leilão seguiu até perto das 14h30 -- horário da divulgação do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego. Às 14h27, pouco antes do anúncio, a taxa do DI para janeiro de 2028 atingiu a mínima de 12,695%, em queda de 6 pontos-base.

O Caged mostrou que o Brasil abriu 85.147 vagas formais de trabalho em outubro, bem menos que os 105.000 postos esperados pelos economistas ouvidos em pesquisa da Reuters. O saldo de outubro foi o pior já registrado para o mês na série histórica do Novo Caged, iniciada em 2020.

Apesar do Caged abaixo do esperado -- o que em tese poderia reforçar o viés de baixa para as taxas dos DIs --, a curva brasileira ganhou força na reta final entre os contratos mais curtos. O movimento ocorreu em paralelo à participação do presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, em evento da Itaú Asset Management, em São Paulo.

Galípolo repetiu que o BC vai colocar a Selic no nível necessário, pelo tempo necessário, para que a inflação convirja à meta de 3%. Além disso, afirmou que o cenário de inflação está andando na direção que o BC gostaria, mas não tão rapidamente quanto a instituição gostaria.

Atualmente a Selic está em 15% ao ano. No mercado, as apostas são de que a taxa será mantida neste patamar em dezembro e poderá ser reduzida em janeiro.

Em outra divulgação durante a tarde, o Tesouro informou que a dívida pública federal subiu 1,62% em outubro ante setembro, para R$8,254 trilhões.

Além de o mercado de Treasuries estar fechado nesta quinta-feira, as negociações ocorrerão em horário reduzido na sexta-feira, o que também tende a reduzir a liquidez na renda fixa brasileira.

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