Dólar sobe no Brasil com mercado à espera de Galípolo em dia de feriado nos EUA
Depois de dois pregões de altas moderadas, a bolsa brasileira engatou uma alta forte na quarta-feira (26), seguindo o otimismo em NY com o horizonte de novo corte de juros nos EUA em dezembro - 80% de chance segundo o FedWatch. O Ibovespa fechou em alta de 1,70%, aos 158.554,94 pontos, superando a última marca histórica, registrada em 11 de novembro. O giro financeiro foi de R$ 26,8 bilhões. Já o dólar fechou em queda de 0,77%, a R$ 4,335.
Os índices futuros dos EUA operam perto da estabilidade nesta quinta-feira (27), em um dia de liquidez reduzida pelo feriado de Ação de Graças (Thanksgiving), mantendo os mercados à vista e de títulos fechados. As negociações serão retomadas amanhã, em um pregão encurtado que vai até as 15h (horário de Brasília).
Dia de Ação de Graças nos EUA (Thanksgiving) sem mercados em NY e tirando a liquidez dos pregões domésticos, inclusive amanhã, quando as bolsas de lá funcionam em horários reduzidos (até as 15hs). Os mercados se animam com as chances de corte do juros no Fed de dezembro, validadas pelo Livro Bege. Diante disso, ontem o dólar recuou frente ao real e contagiou o Ibovespa, que voltou a bater recorde histórico, a 158 mil pontos, com apostas de que a Selic também começará a cair em janeiro de 2026.
Na agenda do dia, depois do IPCA-15 um pouco acima do esperado (0,20%), temos hoje o IGP-M, dados do Caged e mais uma fala de Galípolo, em evento da Itaú Asset. Expectativa para o Caged de outubro é de criação de 120 mil empregos, perdendo ritmo em relação a setembro - saldo positivo de 213 mil vagas. Observemos que o mercado de trabalho mais forte tem sido citado de forma recorrente pelo BCB como uma pressão inflacionária preocupante e um dos fatores que mantém a inflação de serviços. A taxa de desemprego, que sai amanhã com a Pnad Contínua, se mantém nas mínimas históricas. Na agenda do dia, além destes, temos o Tesouro a divulgar o relatório mensal da dívida pública de outubro.
