Os futuros do café voltaram a registrar queda nesta semana. A elevada aversão ao risco no mercado financeiro internacional, que reflete na valorização do dólar, tem contaminado o desempenho do mercado das commodities.
Ontem, o dólar comercial foi cotado a R$ 4,049, acumulando alta de 1,5% em relação ao fechamento da última sexta-feira. Tal tendência favorece o recuo das cotações internacionais do café. O enfraquecimento do real foi influenciado pelo novo rebaixamento da nota de crédito do Brasil pela agência Standard & Poor's, aflorando a preocupação com o cenário fiscal e político do País.
Quanto às condições climáticas que afetam o cinturão produtor nacional, a Climatempo informa que a influência do sistema de alta pressão subtropical do Atlântico Sul deixou o Sudeste do Brasil bastante seco nos últimos dias. Na próxima semana, a região Sul de Minas Gerais deverá ser beneficiada com novas precipitações. Mas as previsões são de continuidade do clima seco no Espírito Santo até o final de fevereiro, situação muito prejudicial para as já combalidas lavouras de conilon.
Na ICE Futures US, o vencimento maio do Contrato C foi cotado, na quinta-feira, a US$ 1,161 por libra-peso, com queda de 140 pontos em relação ao fechamento da semana anterior. Os futuros do arábica também foram pressionados nos últimos dias pelas rolagens de posição do vencimento março para o maio. Na ICE Futures Europe, o vencimento maio do contrato futuro do robusta encerrou o pregão de ontem a US$ 1.428 por tonelada, com desvalorização de US$ 13 na comparação com a sexta-feira passada.
No mercado físico nacional, os indicadores calculados pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) para as variedades arábica e conilon foram cotados a R$ 487,77/saca e a R$ 399,44/saca, respectivamente, com variação de -0,6% e -0,8% em relação ao fechamento da semana anterior. O volume de negócios segue enfraquecido devido aos preços aquém das expectativas dos vendedores.