Finalmente a tão aguardada decisão do BCE, com forte expectativa por parte dos investidores de um programa robusto de estímulos, de modo a impulsionar a fraca economia europeia.
Ainda que críticos questionem cada vez mais a eficácia de uma flexibilização adicional, Draghi está cada vez mais explicito sobre a inflação mais fraca do que a esperada divulgada recentemente, ainda que os PMIs demonstrem certa estabilidade.
Sem um fim próximo ou previsível da guerra comercial, inflação controlada e sinais constantes de fraqueza, o BCE, em especial Draghi, deve ter maioria suficiente no comitê aprovar um pacote que pode incluir reduções de juros e retomada do programa de alívio quantitativo.
Mesmo assim, as declarações mais recentes de diretores do BCE não trazem sinais claros nem de tamanho ou mesmo de potencial de um possível programa de estímulos, o qual abriria também espaço para a continuidade de ciclos dovish como os do FOMC e do COPOM.
Considerando os padrões recentes dos planos, é possível inclusive surpresas potenciais que podem incluir uma expansão do QE (Alívio Quantitativo) para novas classes de ativos (dívida ou ações de bancos seniores) ou mudanças mais radicais nos parâmetros de QE (remoção de subscrições de capital) conforme cita o economista Frederik Ducrozet da Pictet.
O problema é também a possibilidade de que tal ousadia não ocorra, o que pode deflagrar um ritmo renovado de aversão ao risco, onde emergentes como o Brasil facilmente se tornam alvos.
A expectativa, que não é pouca, pode incluir a retomada da compra de ativos; um sistema de classificação por níveis para depósitos bancários; corte nas taxas de depósito; e fortalecer a comunicação, de modo a reforçar as perspectivas de um horizonte de taxas nos níveis atuais ou inferiores até o fim do primeiro semestre de 2020.
Hoje além do BCE, o mercado está positivo com a evolução da guerra comercial, após Trump adiar um aumento adicional nas tarifas em produtos chineses por duas semanas "como um gesto de boa vontade", após a lista de isenções de produtos americanos emitida por Pequim nesta semana.
Com isso, além do BCE, atenção ao CPI nos EUA e serviços no Brasil.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é positiva e os futuros NY abrem em alta, com o segundo dia da reunião do BCE.
Na Ásia, o fechamento foi positivo, com a reação positiva de Trump à lista chinesa de isenções tarifárias para produtos dos EUA.
O dólar opera em queda contra a maioria das divisas, enquanto os Treasuries operam negativos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, alta, destaque ao min. de ferro.
O petróleo abre em alta, mesmo com sinal de corte da OPEP.
O índice VIX de volatilidade abre em alta de 1,71%
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 4,0682 / -0,34 %
Euro / Dólar : US$ 1,10 / 0,182%
Dólar / Yen : ¥ 107,87 / -0,046%
Libra / Dólar : US$ 1,23 / 0,081%
Dólar Fut. (1 m) : 4073,25 / -0,69 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Julho 20: 5,21 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 21: 5,38 % aa (0,56%)
DI - Janeiro 23: 6,45 % aa (0,00%)
DI - Janeiro 25: 7,00 % aa (-0,14%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: 0,4019% / 103.446 pontos
Dow Jones: 0,8458% / 27.137 pontos
Nasdaq: 1,0579% / 8.170 pontos
Nikkei: 0,75% / 21.760 pontos
Hang Seng: -0,26% / 27.088 pontos
ASX 200: 0,25% / 6.655 pontos
ABERTURA
DAX: 0,152% / 12377,81 pontos
CAC 40: -0,055% / 5614,97 pontos
FTSE: -0,023% / 7336,38 pontos
Ibov. Fut.: 0,47% / 103955,00 pontos
S&P Fut.: 0,160% / 3006,70 pontos
Nasdaq Fut.: 0,336% / 7912,00 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: -0,01% / 78,19 ptos
Petróleo WTI: -0,65% / $55,31
Petróleo Brent:-0,90% / $60,21
Ouro: 0,42% / $1.502,72
Minério de Ferro: 1,06% / $92,34
Soja: -0,73% / $14,94
Milho: -0,07% / $348,25
Café: 1,83% / $100,15
Açúcar: -0,74% / $10,71