VALE3: Vale anuncia dividendos, mas gráfico aponta exaustão de alta e correção?
- O discurso mais brando do Federal Reserve e o alívio macroeconômico deram fôlego temporário ao Bitcoin em uma semana de forte volatilidade.
- Saídas de ETFs se chocaram com novas entradas de investidores buscando o fundo, enquanto o sentimento do mercado caiu ao menor nível em seis meses.
- Com zonas de suporte técnico ainda sob pressão, a tendência de médio prazo do Bitcoin segue indefinida.
A semana foi marcada por um intenso fluxo de notícias, tanto no cenário macroeconômico global quanto na dinâmica interna do mercado cripto. O mercado rapidamente reprecificou as expectativas de corte de juros pelo Federal Reserve, enquanto os fluxos institucionais mostraram um quadro misto, com saídas e entradas em ETFs se alternando. Nas redes sociais, o sentimento do investidor atingiu níveis extremos de medo, acompanhando uma busca por fundo técnico nos gráficos. Esse conjunto de fatores levou o Bitcoin a buscar um ponto de equilíbrio no curto prazo e a definir sua direção para os próximos meses.
Frente macroeconômica: discurso mais brando do Fed favorece o Bitcoin
O principal fator macroeconômico da semana foi o tom mais brando adotado por membros do Federal Reserve. As apostas em um corte de juros em dezembro subiram de 30% para 85% em poucos dias, aliviando o estresse dos mercados e permitindo ao Bitcoin reagir após testar mínimas recentes.
Até meados de novembro, a postura “cautelosa” do Fed e a paralisação do governo americano haviam reduzido o fluxo de dados econômicos, limitando o apetite por risco. Nesse período, o Bitcoin recuou para a faixa dos US$ 80 mil, renovando mínimas de seis meses. Com a reabertura do governo, dados econômicos mais favoráveis e uma mudança de tom do Fed, o mercado ganhou fôlego. Como reflexo, o Bitcoin ensaiou um movimento de recuperação e mostrou sinais de estabilização dentro da tendência de baixa.
Frente institucional: fluxo misto reflete disputa entre realização e acúmulo
A semana foi de forte volatilidade também entre investidores institucionais. Segundo dados da CoinShares, houve saídas de US$ 1,94 bilhão de produtos de investimento em cripto, sendo US$ 1,27 bilhão apenas de fundos de Bitcoin. O fluxo diário de US$ 523 milhões retirado do ETF IBIT da BlackRock mostrou a cautela das instituições em meio ao período de correção.
Nos dias seguintes, porém, o quadro se inverteu. ETFs à vista de Bitcoin registraram entradas de US$ 238 milhões em apenas um dia, incluindo um aporte de US$ 108 milhões no ETF da Fidelity, sinal de que o interesse institucional segue ativo mesmo em momentos de queda.
Enquanto isso, a Strategy reforçou posição e comprou mais 8.178 BTC perto do fundo. O movimento indica que grandes players seguem aproveitando a volatilidade para acumular posições. Por outro lado, dados on-chain mostram que carteiras de longo prazo realizaram lucros, com cerca de 800 mil BTC saindo dessas wallets nas últimas semanas, um indicativo de que o mercado ainda busca direção de curto prazo.
Sentimento do mercado: medo extremo e expectativa em baixa
A queda abrupta do Bitcoin para a região de US$ 80 mil gerou pânico nas redes sociais. O discurso dominante em fóruns como X e Reddit mudou rapidamente das projeções otimistas de US$ 150 mil–US$ 200 mil para a dúvida: “Estamos diante de um novo mercado de baixa?”.
Índices de medo e apetite por risco recuaram para a faixa dos 20 pontos, refletindo o pessimismo. Dados da Santiment mostram que esse foi um dos piores períodos de sentimento dos últimos seis meses, com a proporção de comentários positivos caindo para níveis vistos em fundos anteriores. Parte dos analistas interpreta esse medo extremo como uma “limpeza emocional” típica antes de recuperações, enquanto investidores de longo prazo veem a correção como uma possível última oportunidade de compra antes de nova alta.
Análise técnica: Bitcoin busca fundo e tenta romper resistência de curto prazo

No gráfico diário, o Bitcoin completou a formação de um padrão OCO (ombro-cabeça-ombro) e recuou até a região de suporte técnico entre o alvo do OCO e a retração de Fibonacci de 0,786, em US$ 85.260. A partir desse ponto, o ativo reagiu e atingiu US$ 90.987, correspondente à retração de 0,144 de Fibonacci, zona agora monitorada como resistência imediata.
Apesar da recuperação, a tendência principal ainda é de baixa. As médias móveis exponenciais de curto prazo indicam que o movimento descendente permanece ativo.
Para inverter a tendência, o Bitcoin precisaria romper com força a faixa de US$ 91 mil a US$ 94,7 mil e, em seguida, superar os US$ 100 mil, sustentando-se acima desses níveis. Sem esse rompimento, os ralis devem ser vistos como repiques dentro de um ciclo corretivo.
O indicador IFR próximo da zona de sobrecompra reforça a possibilidade de perda de fôlego no curto prazo.
Na parte inferior, o suporte crucial segue em US$ 85.250. Fechamentos diários abaixo desse patamar podem abrir espaço para novas quedas em direção à faixa de suporte principal entre US$ 75 mil e US$ 78 mil.
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