Bolsas Caem com Investidores Aguardando Relatório de Emprego dos EUA

As bolsas japonesas estendem seus ganhos nesta sexta-feira, com a promessa de estímulos monetários sem precedentes. Nikkei do Japão pelo terceiro dia consecutivo, terminou 1,6% maior, cravando ganho semanal de 3,5%. O benchmark saltou 4% no início do dia, navegando acima do nível psicologicamente importante dos 13.000 pontos, mas realizou parte dos ganhos no período da tarde.

O avanço veio em cima dos 2,2% da quinta-feira, quando o Banco do Japão revelou medidas de flexibilização ousada e também estimulando ações em Wall Street no final do dia, apesar dos números pessimistas de solicitações de desempregados.

Seu desempenho contrastava com profundos prejuízos em outros mercados regionais, com os investidores analisando o aumento nos pedidos de desemprego dos EUA e aguardados dados de emprego mais tarde, nesta sexta-feira.

O setor imobiliário esteve entre os de melhor desempenho depois que o banco central disse que iria comprar títulos imobiliários de investimento. Mitsui Fudosan disparou 13%, Mitsubishi Estate avançou 10,5% e Sumitomo Realty & Development adicionou 12,6%.

Exportadores também subiram, com o movimento do Banco do Japão ajudando o dólar em relação ao iene. A moeda dos EUA abriu o dia em ¥97 e finalizou em ¥96,22. Nissan Motor saltou 6,1%, Toyota Motor subiu 3,4% e Hitachi adicionou 3%. Honda Motor subiu 0,7%, apesar de notícias de que recolheria mais de 145.000 veículos no Japão.

Setor financeiro também se beneficiou da nova política do BoJ. Mitsubishi UFJ Financial subiu 5%, enquanto Shinsei Bank saltou 8,1%.

No resto da região, ações em Hong Kong foram duramente castigadas na volta do feriado, com Hang Seng perdendo 2,4%, Kospi da Coreia do Sul caindo 1,6% e S&P/ASX 200 da Austrália registrando queda de 0,5%. Os mercados na China continental e em Taiwan permaneceram fechado por conta de feriado.

Em Hong Kong, Cathay Pacific Airways caiu 4,5% em meio a preocupações sobre o impacto de mortes ligadas a uma nova cepa da gripe aviária na China em viagens aéreas. Entre as companhias aéreas chinesas do continente, com papéis negociadas em Hong Kong, Air China caiu 8,1%, China Eastern Airlines perdeu 6,5% e China Southern Airlines perdeu 5,7%. Stocks de energia dos EUA também caíram, com os preços do petróleo ficando abaixo de US$94 por barril.

As ações da Cnooc perderam 4% e PetroChina recuaram 3,7% em Hong Kong, enquanto Woodside Petroleum caiu 2% em Sydney. Ações financeiras também foram atingidas fora do Japão. Commonwealth Bank of Australia caiu 1,7%, enquanto KB Financial perdeu 2,2% em Seul, e China Construction Bank caiu 2,9% em Hong Kong.

A fraqueza das ações de bancos mantiveram o mercado australiano em território negativo, apesar de ganhos para as maiores mineradoras, ajudado por um aumento nos futuros de metais em Londres. BHP Billiton subiu 1,5% e Rio Tinto ganhou 1,8%, depois do setor levar uma surra na sessão anterior.

Fabricantes de automóveis sul-coreanos caíram acentuadamente, em contraste com a forte demonstração do setor automóvel em Tóquio, por temores do impacto de um iene enfraquecido ajudar seus rivais japoneses. Hyundai Motor afundou 4,4% e Kia Motors derrapou 4,7%. Samsung Electronics caiu 0,1%, após emitir uma previsão para um forte aumento no lucro operacional do primeiro trimestre.

EUROPA: Os mercados de ações europeus caem, com investidores cautelosamente aguardando o relatório de emprego dos EUA a ser divulgado mais tarde. Economistas esperam 190 mil empregos adicionados à economia em março, ante 236.000 em fevereiro.

O índice Stoxx Europe 600 cai 0,40%, depois de passar dois dias atolados no vermelho. As ações de companhias aéreas são duramente castigadas, seguindo as perdas na Ásia, reflexo do impacto de outra morte por gripe aviária em voos aéreos na China, onde foi confirmado 14 casos de gripe aviária e as autoridades em Xangai relataram quatro mortes. International Consolidated Airlines recua 4,8% em Londres e Deutsche Lufthansa cai3,5% em Frankfurt.

O índice CAC 40 da França e DAX 30 da Alemanha recuam. Em Londres, índice FTSE 100 do Reino Unido também recua. As ações da EasyJet perdem 3,8% em Londres, após a empresa aérea anunciar que espera uma perda líquida entre 60 milhões de libras (91,4 milhões dólares americanos) e $65 milhões no primeiro semestre.

As mineradoras caem, apesar da alta dos metais. As ações da Vedanta Resources cai 1,2%, BHP Billiton recua 0,9% e Rio Tinto perde 0,8%. Futuros de ações dos EUA apontam para uma abertura inferior em Wall Street.

AGENDA DE HOJE:

EUA:

9h30 - Relatório de Emprego de março, composto por:Unemployment Rate (taxa de desemprego), Nonfarm Payrolls (pesquisa realizada em cerca de 375 mil empresas, que mostra o número de empregos gerados na economia, excetuando-se agricultura e pecuária), Average Workweek (média de horas trabalhadas por semana) e Hourly Earnings (média de remunerações por hora trabalhada);
09h30 - Trade Balance de Fevereiro (saldo mensal da balança comercial dos Estados Unidos);
16h00 - Consumer Credit de Fevereiro (volume total de crédito ao consumidor americano).

AGENDA DA PRÓXIMA SESSÃO

EUROPA: Sentix Investor Confidence (relatório da confiança dos investidores).
ALEMANHA: German Industrial Production (números da produção industrial da Alemanha).
REINO UNIDO: RICS House Price Balance (mede a variação dos preços das casas no Reino Unido)
EUA: 21h15 - Discurso do Presidente do FED Ben Bernanke.

ÍNDICES MUNDIAIS (7h00):

ÁSIA
Austrália: -0,45%
Nikkei: +1,58%
Hang Seng: -2,73%
Xangai Composite: ---%

EUROPA
London - FTSE: -0,93%
Paris Cac 40: -0,75%
Frankfurt - Dax: -1,12%
Madrid IBEX: +0,32%
Milão MIB 40: +0,34%

COMMODITIES
BRENT: -0,40%
WTI: -0,42%
OURO: +0,16%
COBRE: +0,14%
NÍQUEL: +0,10%
SOJA FUTURO: -0,80%
ALGODÃO FUTURO: -0,05%

INDICES FUTUROS
Dow: -0,31%
SP500: -0,36%
NASDAQ: -0,42%

Observação: Este material é um trabalho voluntário e gratuíto, resultado da compilação de dados divulgados em diversos sites da internet que são aqui resumidos de maneira didática para facilitar e agilizar a compreensão do leitor. Atenção para o horário da disponibilização dos dados desse relatório.