Apesar de caírem em fevereiro, as exportações brasileiras de café somam 33,45 milhões de sacas na parcial da atual safra (de julho/24 a fevereiro/25), um recorde para esse intervalo, considerando-se a série histórica do Cecafé (Conselho dos Exportadores de Café do Brasil). Pesquisadores do Cepea destacam que, desde o início, a temporada 2024/25 tem sido marcada por elevados volumes embarcados. Naquele período, legislação da União Europeia sobre a importação de produtos livres de desmatamento acabou antecipando grande parte dos embarques do grão – esse movimento ocorreu antes do anúncio de adiamento da regulamentação da União Europeia. O Centro de Pesquisas ressalta que, caso a legislação entrasse, de fato, em vigor em 2025, os embarques brasileiros de café poderiam ser limitados. Para os próximos meses, as exportações devem seguir enfraquecidas, devido à baixa quantidade de grãos da safra 2024/25 ainda disponível para negociação e ao período de entressafra.
ARROZ: Pressionada pelo atacado, matéria-prima tem novas quedas de preços
O mercado de arroz em casca no Rio Grande do Sul continua apresentando baixa liquidez, conforme apontam levantamentos do Cepea. Apesar de uma leve melhora nos volumes beneficiados na semana passada, unidades de beneficiamento relataram quedas acentuadas nos preços do fardo. A oferta de venda aumentou, refletindo a necessidade de capitalização para cobrir os custos da colheita. Como resultado, pesquisas do Cepea mostram que as cotações da matéria-prima também caíram significativamente, especialmente nas negociações “a retirar”, devido ao encarecimento do frete com a alta recente do diesel. No balanço da primeira metade de março, o Indicador do arroz em casca CEPEA/IRGA-RS (58% grãos inteiros, com pagamento à vista) acumulou baixa de 7,2%, encerrando a R$ 83,42/saca de 50 kg no dia 14, o menor patamar desde julho/23.
ALGODÃO: Preços seguem em alta no BR
Levantamento do Cepea mostra que os preços do algodão em pluma seguem em alta no mercado spot nacional. Segundo o Centro de Pesquisas, o suporte vem das valorizações externas e também da disposição de compradores brasileiros em pagar valores mais elevados em lotes de pluma dentro das características desejadas e/ou com qualidade superior. Ainda conforme pesquisadores do Cepea, produtores estão focados no cumprimento de contratos com a pluma, fazendo caixa com a venda de soja. Assim, boa parte dos cotonicultores está firme em suas ofertas pelos lotes da safra 2023/24 e mostra interesse na comercialização antecipada envolvendo a pluma das próximas temporadas (2024/25 e 2025/26) destinadas aos mercados interno e externo.