Café: Colheita avança, e preços caem com mais força em maio

Publicado 04.06.2025, 09:10
Atualizado 04.06.2025, 09:10

Os preços do café caíram com certa força em maio, sobretudo na última semana do mês, apontam levantamentos do Cepea. Segundo o Centro de Pesquisas, a pressão esteve atrelada à colheita da safra brasileira 2025/26; as atividades envolvendo o arábica começaram a ganhar ritmo em maio e as do robusta foram intensificadas ao longo do mês. A média mensal do Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, posto na capital paulista, foi de R$ 2.484,29/saca de 60 kg em maio, recuo de 1,6% frente à de abril e a menor média desde janeiro/25. A queda no acumulado do mês foi de 10,71%. Ainda conforme levantamentos do Cepea, os valores do robusta recuaram em maio intensidade que os do arábica, já que a colheita da primeira variedade está mais avançada. Além disso, a expectativa de uma safra maior de robusta reforça o movimento de desvalorização. Em maio, o Indicador CEPEA/ESALQ do robusta tipo 6, peneira 13 acima, a retirar no Espírito Santo, teve média de R$ 1.394,45/sc de 60 kg, sendo 7,1% inferior (ou de 120,34 Reais/saca) à de abril. No acumulado do mês, a retração foi de significativos 18%.

ARROZ: Preços são os menores em três anos

Diferente dos últimos dois anos, neste, os preços do arroz em casca encerraram maio com queda acumulada em 12 meses, de expressivos 41%, voltando aos patamares de maio de 2022, conforme apontam levantamentos do Cepea. Entre maio/22 e maio/23, a variação havia sido positiva em 15% e, de maio/23 para maio/24, de fortes 45%. Segundo o Centro de Pesquisas, essas altas elevaram a atratividade da cultura, com produtores aumentando a área cultivada. A demanda (interna e externa), porém, não cresceu na mesma proporção, resultando em excedente e em recuo nas cotações. No balanço de maio (entre 30 de abril e 30 de maio), dados do Cepea mostram que a desvalorização do casca foi de 6,92%, o que desestimulou os negócios no spot, tanto por parte de compradores quanto de vendedores. Do lado industrial, pesquisadores explicam que a justificativa para a redução nas ofertas de compras está na dificuldade de repassar os preços adiante e manter a competitividade. Já produtores resistem à comercialização, argumentando que os valores praticados não cobrem os custos.

ALGODÃO: Com 4ª alta mensal, Indicador é o maior desde mar/23

Levantamentos do Cepea mostram que, em maio, o Indicador do algodão em pluma CEPEA/ESALQ (pagamento em 8 dias) subiu pelo quarto mês consecutivo, com a média passando para R$ 4,3950/lp, a maior desde março/23 (R$ 4,8618/lp) e, em termos reais, a mais elevada desde março/24 (R$ 4,5881/lp) – os valores foram deflacionados pelo IGP-DI de abril/25. Ainda considerando os dados ajustado pela inflação, a média mensal superou em 2,75% a de abril/25 e em 6,31% a de maio/24. Segundo o Centro de Pesquisas, as altas foram influenciadas pela posição firme de vendedores que ainda possuem lotes de pluma, especialmente de qualidade superior. Compradores, por sua vez, seguiram adquirindo de forma pontual, atentos ao desempenho das vendas do varejo. Parte das empresas indicou ter dificuldades na aprovação de lotes e/ou no acordo quanto aos preços, contexto que limitou as negociações, conforme explicam pesquisadores do Cepea.

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