‘Tempestade perfeita’ derruba estas ações em mais de 10% hoje; é hora de comprar?
Os preços do café vêm registrando fortes altas neste mês, recuperando as perdas de julho e voltando aos patamares de meados de junho, apontam levantamentos do Cepea. Segundo o Centro de Pesquisas, esse cenário está relacionado sobretudo à menor produção na atual safra (2025/26) e ao rendimento do beneficiamento abaixo das expectativas. O Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, posto na capital paulista, iniciou esta semana à média de R$ 1.972,55/saca de 60 kg, subindo 160,68 Reais/sc de 60 kg ou 8,9% na parcial de agosto (até o dia 18). Para o robusta, o Indicador CEPEA/ESALQ do tipo 6, peneira 13 acima, a retirar no Espírito Santo, acumula forte aumento de 202,95 Reais/saca de 60 kg ou de 19,7% no mês, a R$ 1.231,40/sc no dia 18.
ARROZ: Menor liquidez e baixas externas e cambial mantêm pressão sobre valores
Os preços médios do arroz em casca seguem em ligeira queda, apontam levantamentos do Cepea. Segundo pesquisadores, além das baixas externas e da taxa de câmbio, que reduz a paridade de importação, a menor liquidez interna explica a pressão sobre as cotações domésticas. No geral, conforme o Centro de Pesquisas, se observa certa queda de braço entre agentes. Compradores seguem relatando dificuldades na comercialização do arroz beneficiado, o que limita ofertas a preços maiores para o casca. Parte das indústrias reduziu moderadamente os valores de compra, enquanto outras priorizaram o produto já estocado nas unidades de beneficiamento. Do lado do produtor, ainda de acordo com levantamentos do Cepea, as decisões variaram conforme a microrregião: alguns mantiveram postura cautelosa, enquanto outros disponibilizaram novos lotes para gerar caixa e se preparar para a safra 2025/26.
ALGODÃO: Com maior oferta e pressão compradora, cotações seguem em queda
Levantamentos do Cepea mostram que os preços do algodão em pluma seguem em queda no mercado brasileiro e já operam nos menores patamares desde o final de novembro/24. Segundo o Centro de Pesquisas, o movimento de baixa está relacionado à maior disponibilidade e à pressão exercida por compradores, que ofertam valores menores. Ressalta-se que esses demandantes também reduziram o ritmo das aquisições, diante de incertezas com o cenário interno e, inclusive, de alguns casos para exportações. Quanto à produção nacional de pluma da safra 2024/25, dados da Conab indicam 3,94 milhões de toneladas, 6,3% a mais que na temporada 2023/24, resultado do crescimento de 7,3% na área cultivada, para 2,09 milhões de hectares; a produtividade nacional é prevista em 1.887 kg/ha, queda de 0,9%.