ARÁBICA – Em fevereiro, o Indicador CEPEA/ESALQ do café arábica tipo 6, posto na capital paulista, teve média de R$ 1.129,52/saca de 60 kg, 11,9% acima da de janeiro/23 e a maior desde outubro/22, em termos nominais. No geral, ainda há incertezas sobre o volume da safra brasileira 2023/24, devido às adversidades climáticas nos últimos anos, como seca, geadas e o recente elevado volume de chuvas. No campo, janeiro e, em especial, fevereiro foram meses de chuva intensa, o que prejudicou os controles fitossanitário e nutricional em uma parcela significativa das lavouras, preocupando agentes do setor. Quanto à oferta, seguiu controlada em fevereiro, o que, somado aos estoques internacionais ainda apertados, favoreceu o avanço das cotações domésticas e externas. As grandes oscilações na Bolsa de Nova York (ICE Futures) e as questões climáticas no Brasil deixaram os agentes em alerta em fevereiro. Neste período do ano, as chuvas deveriam ser benéficas ao desenvolvimento e ao enchimento dos grãos, porém, em 2023, o alto volume de precipitações tem levado à proliferação de doenças e atrapalhado as atividades no campo.
Apesar das oscilações, o contrato Maio/23 finalizou o dia 28 de fevereiro a 186,30 centavos de dólar por librapeso, recuo de 5,3% frente ao dia 15, quando houve a troca de contrato. Já o dólar fechou a R$ 5,221, valorização de 2,8% frente ao último dia útil de janeiro. No Brasil, mesmo com a elevação da média mensal, as cotações flutuaram bastante nos últimos dias de fevereiro, devido às oscilações internacionais e à retração de agentes das negociações. Mesmo com a baixa liquidez, o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, posto na capital paulista, fechou a R$ 1.160,98/saca de 60 kg no último dia do mês, o maior patamar diário registrado em fevereiro. Já o menor valor, de R$ 1.079,90/saca de 60 kg, foi registrado no dia 3. As chuvas diminuíram em algumas regiões, como São Paulo e Espírito Santo, no fim de fevereiro, o que permitiu a retomada, mesmo que parcial, das pulverizações para controle da proliferação de doenças. Mesmo assim, produtores seguiram em alerta.
ROBUSTA – A média do Indicador CEPEA/ESALQ do café robusta tipo 6, peneira 13 acima, fechou a R$ 694,81/sc em fevereiro, queda de 2% em relação à de janeiro. Já o valor médio do tipo 7/8 fechou a R$ 681,56/sc, 1,7% superior, no mesmo comparativo.
EMBARQUES – As exportações de café caíram em janeiro, segundo o Cecafé (Conselho dos Exportadores de Café do Brasil). O volume embarcado durante o mês recuou 16,8% frente ao do mesmo período de 2022, somando 2,84 milhões de sacas. Segundo o Conselho, a baixa está atrelada ao clima desfavorável nos últimos anos, que limitou a oferta, sobretudo do arábica.
