Calendário Econômico: Trump com Lula e Xi; juros nos EUA; desemprego no Brasil
Com os preços da saca de 60 kg do café arábica operando em torno de R$ 2.200 e os do robusta, acima dos R$ 1.350/sc, o poder de compra dos agricultores frente a importantes fertilizantes é considerado bom neste ano, indicam levantamentos do Cepea. Segundo o Centro de Pesquisas, em outubro, produtores do estado de São Paulo precisam de 1,16 saca de arábica do tipo 6 para adquirir uma tonelada do adubo formulado 20-00-20, ante o resultado de 1,44 saca do mesmo mês de 2024 e as 2,6 sacas da média histórica, iniciada em 2011. Pesquisadores ressaltam que a retomada das chuvas nas regiões produtoras de café tende a viabilizar a realização de adubações nas lavouras, visando um bom desenvolvimento da safra 2025/26.
ARROZ: Setor reivindica medidas contra preços baixos
Diante da queda contínua e expressiva nos preços do arroz em casca, o setor reivindica algumas ações, conforme aponta levantamento do Cepea. Entre as medidas cogitadas, estão a retirada temporária da Taxa de Cooperação e Defesa da Orizicultura (CDO), a redução do ICMS, além de ações para conter as importações – especialmente do Paraguai, um forte concorrente do produto brasileiro. A Associação Brasileira da Indústria do Arroz (Abiarroz) também busca alternativas, como a suspensão temporária da fiscalização da ANTT, que tem gerado custos logísticos adicionais. Outra preocupação, explicam pesquisadores do Cepea, envolve irregularidades na classificação e embalagem do arroz beneficiado. Quanto à safra 2025/26, as primeiras estimativas da Conab indicam queda de 10,13% na produção nacional, para 11,46 milhões de toneladas; ainda assim, o volume supera o das temporadas 2022/23 e 2023/24.
ALGODÃO: Beneficiamento avança, e exportações ganham ritmo
Com o beneficiamento de algodão em pluma da safra 2024/25 já passando da metade, o ritmo de exportação da commodity tem ganhado força em outubro. Cálculos do Cepea mostram que, caso o atual desempenho dos embarques brasileiros siga firme até o final do mês, o volume pode ser o maior desde o início deste ano, superando as 300 mil toneladas. No mercado doméstico, pesquisadores explicam que o baixo escoamento de produtos manufaturados vem levando indústrias a adotar uma postura cautelosa nas compras de novos lotes da pluma. Assim, de acordo com levantamento do Cepea, as cotações do algodão oscilam dentro de uma faixa relativamente estreita, acompanhando o comportamento da paridade de exportação. A média do mês está em R$ 3,55/lp, com mínima de R$ 3,50/lp e máxima de R$ 3,61/lp, ou seja, um intervalo de 2,8%.
