As médias de preços dos cafés arábica e robusta recuaram significativamente de junho para julho. Para o arábica, o Indicador CEPEA/ESALQ do tipo 6, posto na capital paulista, teve média de R$ 819,61/saca de 60 kg em julho, diminuição de 11,8% (ou de quase 110 Reais/sc) frente ao mês anterior. Quanto ao robusta, a média de julho foi de R$ 649,29/sc, queda de 8,07% (ou de 56,97 Reais/sc). De acordo levantamento do Cepea, no caso do arábica, a pressão sobre as cotações continua atrelada ao avanço da colheita no Brasil e à perspectiva de boa oferta no curto prazo. Esse cenário influencia também os preços do robusta, mesmo com a safra sendo menor no Espirito Santo, principal produtor da variedade no País.
ARROZ: INDICADOR ENCERRA JULHO COM ALTA DE 7%
As cotações do arroz em casca subiram no acumulado de julho no Rio Grande do Sul. De acordo com levantamento do Cepea, os valores foram influenciados nos últimos dias pela restrição vendedora e pelo maior interesse comprador, tanto para o mercado interno quanto para exportação. O Indicador CEPEA/IRGA-RS do arroz (58% de grãos inteiros e pagamento à vista) fechou a R$ 87,88/saca de 50 kg no dia 31 de julho, avanço de 7,17% de 30 de junho a 31 de julho.
ALGODÃO: APESAR DE ALTA NO MÊS, MÉDIA DE JULHO É A MENOR DESDE JUL/20
Os valores do algodão em pluma subiram na maior parte de julho, mas a média do mês recuou frente a junho, segundo dados do Cepea. A média da pluma em julho foi de R$ 3,8098/lp, 3,55% abaixo da de junho/23 e 32,19% inferior à de julho/22. Trata-se também da menor média mensal desde julho/20, quando foi de R$ 3,7302/lp, em termos reais (os valores foram deflacionados pelo IGP-DI de junho/23). Os preços internos ficaram, inclusive, inferiores à paridade de exportação, o que não é comum. Com isso, vendedores permaneceram firmes em suas pedidas, influenciados pelos maiores valores internacionais, contribuindo para a recuperação parcial dos preços.