MERCADO — O comportamento dos futuros do arábica foi caracterizado por certa volatilidade nesta semana. Após acumular queda por três sessões consecutivas, o contrato C, negociado em Nova York, reverteu as perdas no pregão de ontem. O recuo do dólar e as especulações sobre o resultado do referendo para decidir sobre a permanência do Reino Unido na União Europeia influenciaram esse movimento.
Ontem, a divisa norte-americana foi cotada a R$ 3,445, com queda de 2,2% em relação ao fechamento da última sexta-feira. Esse é o menor valor dos últimos 11 meses, principalmente em função das expectativas positivas de que o Reino Unido permaneceria na União Europeia. No entanto, o resultado do referendo foi o oposto do esperado, abalando o mercado financeiro mundial com o crescimento da aversão ao risco.
Na ICE Futures US, o vencimento setembro do Contrato C foi cotado, na quinta-feira, a US$ 1,429 por libra-peso, com alta acumulada de apenas 5 pontos em relação ao fechamento da semana anterior. O vencimento setembro do contrato futuro do robusta, negociado na ICE Futures Europe, encerrou o pregão a US$ 1.718 por tonelada, com ganhos de US$ 44 em relação a sexta-feira passada.
No mercado físico nacional, os indicadores calculados pelo Cepea para as variedades arábica e conilon foram cotados, ontem, a R$ 496,64/saca e a R$ 395,26/saca, respectivamente, com variação de 0,8% e 1,4% em relação ao desempenho da semana antecedente. O volume de negócios foi fraco devido à valorização do real, que anulou parte dos ganhos externos, e à fraca oferta de lotes da temporada atual.
O receio quanto às condições climáticas têm incentivado os produtores a retraírem a oferta. De acordo com a Climatempo, o clima mais seco retorna a partir da próxima semana. Há probabilidade de chuvas de volumes pouco significativos (inferiores a 30 mm) nas semanas subsequentes.