EUA sinalizam publicação de documento da Seção 301 sobre Brasil no diário oficial desta sexta
Apesar das perdas nos dois últimos pregões, os contratos futuros do café acumularam ganhos na semana. O comportamento do dólar, o desenvolvimento da safra brasileira 2017/18 e os indicadores técnicos foram os principais fatores que influenciaram o movimento das cotações.
No Brasil, o dólar comercial foi cotado ontem a R$ 3,139, com queda de 2,06% em relação ao fechamento da semana anterior. O significativo fluxo de entrada de divisas, dado que o prazo para regularização de recursos brasileiros no exterior encerra em 31 de outubro, explica a apreciação do real ante o dólar. O ainda atrativo patamar dos juros no País, após o corte de 0,25% na Selic, também apoiou essa tendência.
Em relação às condições climáticas que afetam o desenvolvimento da safra 2017/18 do Brasil, a Somar Meteorologia estima, até a próxima segunda-feira, redução do calor excessivo e precipitações da ordem de 30 mm a 50 mm no Paraná, São Paulo, Sul e Cerrado de Minas Gerais. Porém, na Zona da Mata, Espírito Santo e Bahia ainda predominará tempo quente e seco. Segundo a Climatempo, as chuvas devem retornar ao Espírito Santo entre os dias 29 e 30 de outubro.
Na ICE Futures US, o vencimento dezembro do Café Contrato C foi cotado, na quinta-feira, a US$ 1,5590 por libra-peso, com alta de 50 pontos em relação ao fechamento da semana passada. O vencimento novembro do contrato futuro do robusta, negociado na ICE Futures Europe, encerrou o pregão de ontem a US$ 2.095 por tonelada, com valorização de US$ 51 em relação à última sexta-feira.
No mercado físico nacional, pela primeira vez os preços do café conilon superaram os do arábica, refletindo a crítica situação de escassez do produto. Os indicadores calculados pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) para as variedades arábica e conilon foram cotados, ontem, a R$ 507,50/saca e a R$ 518,58/saca, respectivamente, com variações de -0,3% e 4,7% em relação ao fechamento da semana anterior.