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Cenário 2020: Brasil de Volta ao Grau de Investimento

Publicado 17.12.2019, 11:19
Atualizado 09.07.2023, 07:32

Na coluna de hoje vou falar sobre a classificação de risco (rating) do Brasil e como a trajetória do risco-país está em queda, devido à aprovação das reformas pelo Governo Federal.

Nessa semana o custo do swap de default de crédito (Credit Default Swap, CDS, na sigla em inglês) de cinco anos do Brasil, uma medida do risco de calote do País, caiu para 100,8 pontos, o menor nível desde maio de 2013, quando o Brasil ainda tinha a classificação de grau de investimento pelas agências de rating.

CDS e sua relação com o Grau de Investimento

O CDS é um contrato que funciona como um seguro de carro. Neste caso, o investidor compra um seguro contra o “calote” ou eventos de crédito. Por exemplo, se o governo brasileiro ficar inadimplente (default) e falhar em fazer pagamentos da sua dívida externa. Quanto mais alto for esse prêmio de seguro (CDS), mais arriscado será investir em títulos de dívida externa do Brasil.

Perspectiva positiva para o rating do Brasil

Essa semana a agência de classificação de risco Standard & Poor’s (S&P) revisou a perspectiva da nota de crédito (rating) do Brasil de estável para positiva.

O Brasil tem classificação de risco “Ba2” pela Moody’s, dois níveis abaixo do grau de investimento; “BB-” na classificação da S&P e da Fitch, três degraus abaixo do selo de bom pagador.

Segundo a S&P: “o governo brasileiro continua a implementar medidas de consolidação fiscal que têm ajudado a reduzir o ainda alto déficit do País”.

Nas outras duas agências de risco, Fitch e Moody’s, a nota de crédito do Brasil é BB- e Ba2, respectivamente, ambas em grau especulativo.

Catalisador para a melhora do rating do Brasil: crescimento econômico

O principal catalisador para as agências de classificação de risco elevarem o rating do Brasil é o ritmo de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB).

Em março de 2020 serão divulgados os dados do PIB do Brasil em 2019. Atualmente, as projeções de mercado, como o relatório Focus do Banco Central, apontam para crescimento de 1,1% no PIB em 2019 e de 2,2% em 2020.

O risco-país é avaliado pelas agências de classificação em termos da trajetória da dívida do país e se há probabilidade de não pagamento de dívidas externas.

Índice de atividade econômica (IBC-BR)

O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) registrou crescimento de 0,17% em outubro, na comparação com setembro de 2019 e 2,13% superior ao mês de outubro de 2018.

Taxa de juros Selic no nível mais baixo da história

O Comitê de Política Monetária (Copom) reduziu a taxa de juros (Selic) em 50 pontos base para 4,5% ao ano, nível mais baixo da história. O comunicado da autoridade monetária deixou a “porta aberta” para um possível corte de mais 25 pontos base em fevereiro de 2020, a depender dos indicadores macroeconômicos (dólar, inflação e PIB).

Cenário internacional

Finalmente a China e os Estados Unidos chegaram a um acordo na guerra comercial, o que é bastante positivo para a economia global, que não deverá sofrer com uma desaceleração adicional no crescimento.

Previsão 2020 para o rating do Brasil

Acredito que o Brasil deverá recuperar o grau de investimento 12 meses após a aprovação da reforma da Previdência: novembro de 2020.

A aprovação da reforma da Previdência foi apenas o primeiro passo do Governo, que ainda precisará fazer a reforma tributária e colocar o país na rota do crescimento sustentável novamente.

O principal indicador que as agências de rating analisam para classificar o risco Brasil é o nível de endividamento público, que atualmente está em 80% do PIB, ante 51,5% em 2013.

A dívida pública cresceu muito nos últimos anos, e sua relação com o PIB aumentou ainda mais rápido, devido à forte retração da economia em 2015 e 2016, com forte queda de 7% no PIB no período.

Somente com a volta do crescimento econômico (PIB crescendo de 2% a 2,5% ao ano) haverá aumento da arrecadação, o que fará a relação dívida pública/PIB estabilizar-se e permitirá às agências de classificação de risco elevar o rating do Brasil. A mudança da perspectiva do rating de “estável” para “positiva” deixou o caminho livre para esse movimento.

A volta do grau de investimento vai proporcionar um enorme fluxo de recursos de investidores estrangeiros para o Brasil, o que é bastante positivo para a bolsa de valores.

Conclusão

“A festa é boa mas é nossa”

Ilan Goldfajn, ex-presidente do Banco Central

O investidor estrangeiro ainda não apareceu na bolsa de valores em 2019. Entre janeiro e novembro saíram R$ 39,3 bilhões no mercado de ações à vista. Se for considerada a entrada de R$ 27,1 bilhões de recursos dos estrangeiros nas ofertas de ações (IPO’s e follow-on’s) o saldo líquido fica negativo em R$ 12,2 bilhões no ano.

A volta do grau de investimento deve mudar o jogo e trazer de volta os recursos dos investidores estrangeiros no fim de 2020.

Últimos comentários

e os ladrões, os porcos, os togados, os ligados os senacos velhacos...república de gente desclassificada. o STF que te agride está aqui a novela da Globo, também está aqui, o congresso podre....está aqui.... então porque vc ave como se estivesse em alfa centauro e não faz porra nenhuma. haaaaaaa. Brasil chega
conversinha se economista que não tem o que falar. ninguém fez nada o SeP ...haaaa o Fintechs
A Di. R A. T U. A. A. R O
Agência Fitch coloca nota de crédito do Brasil em perspectiva para rebaixamento
O Brasil ainda está comandado por corruptos no congresso, stf, ste e stj.
A desgraça maior está no executivo, não só no legislativo e judiciário!Temos uma dupla de JUMENTOS no comando.
Menas, menas. . A festa é nossa: não virá investimento estrangeiro. Leia um pouco mais, antes de falar tanta besteira.
Precisa ser mais estável economicamente primeiro.
O maior problema do Brasil atual é político-jurídico.
si, verdade.
Revolucionario
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