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Cenário Deprecia Dólar vs Moedas Emergentes Ligadas a Commodities, Real Resiste!

Publicado 10.11.2020, 07:00
Atualizado 09.07.2023, 07:32

Importante observar que a ordem dos “fatores altera a conclusão”, ou seja, é o dólar que está se depreciando pontualmente frente às emergentes e não o contrário e movimento é centrado, principalmente, nas ligadas a commodities, que na contrapartida se valorizam, como já sinalizado de imediato no petróleo, enquanto mantém valorização frente à cesta de moedas das economias desenvolvidas.

Mas o real que repercutiu de imediato, apresenta resistência e há motivos!

A observação precisa desta situação mostra o quanto oportunista é a observação feita pelo Ministro Guedes, defensor do “câmbio alto”, ao salientar que o câmbio já teve “overshooting” e está voltando, visto que o movimento de ajuste paritário decorre do movimento externo do dólar e somente ante as moedas emergentes e não de movimento interno que é meramente reflexivo e tem pontos de forte contenção à tendência.

Os fatores internos brasileiros negativos de contenção tem como destaque e ênfase principal o quadro fiscal que continua pressionando o preço do dólar para viés de alta, além do juro baixo e a inércia nas reformas, sendo estes preocupantes e relevantes, mas todos de natureza interna. Externamente, o mercado internacional continua com os investidores desinteressados em incrementar investimentos no Brasil, mas o CDS do Brasil é baixo visto que é credor líquido em moeda estrangeira, face ao volume de reservas ser maior do que as obrigações.

A depreciação acentuada do dólar no Brasil se vier a ocorrer e se sustentar poderá frustrar os planos do governo em relação à pedalada visualizada como fonte de renda para o Tesouro Nacional com transferência de “lucros” do Banco Central do Brasil, que não se limitam ao operacional, mas atingem o ganho sobre estoques de reservas, e numa visão mais cética piora o cenário já que sugere que, mantido o ajuste, ao final do ano o BC poderá até registrar prejuízo, e então, não haverá lucro, mas sim a necessidade de emissão de Dívida para cobrir a devolução necessária ao BC, e isto pioraria o cenário fiscal.

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Por outro lado, eventual depreciação do dólar será positiva para atenuar a inflação, pois o preço do dólar reduzirá seus efeitos deletérios que se irradiam nos preços relativos da economia impactando na inflação do país mais captados pelo IGP-M, se bem que vai depender muito da intensidade da depreciação do dólar versus valorização dos preços das commodities no mercado internacional.

Os efeitos se o ajuste for duradouro repercutirão com reflexos no IGP-M que está excessivamente acelerado este ano face à alta do dólar e que tende a provocar forte desajuste nos preços administrados, em especial, e nos contratos comerciais “vis-a-vis” a inflação pelo IPCA.

Movimentos abruptos desta natureza no mercado de câmbio sempre suscitam grau de atenção maior porque há o riscos de perdas relevantes por parte de “players” posicionados “não hedge comercial”, ou seja, “especulativos” ou que demandaram simplesmente proteção ante as incertezas.

Importante relembrar que o “dólar fragilizado” era a grande ambição do Presidente Trump e que o levava a pressionar o FED para reduzir o juro, pois visava aumentar consideravelmente a competitividade dos produtos americanos no mercado exterior, o que ocorre neste momento, porém restrito a moedas emergentes de países ligados a commodities, parceiros e concorrentes no mercado internacional.

Este é um detalhe relevante, visto que o ajuste que ocorre do dólar, em especial frente às moedas emergentes ligadas a commodities, potencializa a capacidade de concorrência dos Estados Unidos em inúmeros segmentos do mercado internacional onde compete com os emergentes, e caindo ou reduzindo as animosidades com a China, que é o grande comprador mundial, o Brasil pode ser prejudicado no confronto.

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No mais, o Brasil continua intacto com seus problemas internos e relevantes e que, mais do que nunca, a situação impõe que as conversações em torno de reformas imprescindíveis saiam das retóricas e passem para ações efetivas e contundentes, e absoluto rigor fiscal.

O que se observa no nosso mercado financeiro é pura consequência do cenário externo sem que haja causa positiva indutora efetivamente local.

A recuperação do emprego, como sinalizado pela FGV continua, mas perde intensidade desde julho e há cada mês mais desalentados inflando as estatísticas de desempregados.

E, o governo continua no “corner” de ver como imprescindível a manutenção dos programas assistenciais à população carente e não dispor de fontes de financiamento, e, a bem da verdade, ainda desconhecer a efetiva dimensão destes programas nos sinais de retomada da atividade econômica do país.

Então, o movimento de depreciação do dólar poderá até se tornar sustentável por decorrer de novo posicionamento da moeda americana no mercado internacional, e se não fosse o quadro fiscal e ausência de reformas imprescindíveis no Brasil e o juro muito baixo que são fatores intensos que se constituem em forte “freio” a este ajuste pleno (conteve ontem a intensidade e a curva de depreciação do dólar no nosso mercado e a inverteu) e sem estes obstáculos poderia então depreciar-se mais expressivamente, visto que o país não tem problemas na questão cambial.

Contudo, o movimento na Bovespa precisa ser visto com sensatez e precaução, já que o novo cenário não sugere que a atratividade do país seja readquirida com os investidores estrangeiros, e o desempenho da economia interna ainda não conhece bem os efeitos negativos da redução dos programas assistenciais, sendo o cenário prospectivo diferente do americano. Desta forma não há homogeneidade no desempenho das ações, preponderando a Petrobras (SA:PETR4) e ligadas a outras commodities.

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As bolsas americanas demonstram postura mais condizente com o ambiente interno do país por mudanças em perspectiva no país, não parecendo considerar ainda eventual transição com perturbações e judicialização, que poderiam gerar intranquilidade ao mercado.

À margem da mudança no cenário político e do mercado financeiro global, é inegável o impacto altamente favorável dos avanços no campo das vacinas com a Pfizer anunciando a eficácia de 90% do seu produto e a Rússia afirmando que a sua supera os 90%, e estes fatos acentuam as esperanças de retomada sustentável da atividade econômica global mais homogênea, gerando efetivo otimismo.

Últimos comentários

Dólar vai a 7,20 em 2021. Aos otimistas, já esqueceram que aqui tudo é sempre um vôo de galináceos ?!
quer dizer que o governo é que não quer que o dólar baixe mesmo que tudo esteja favorável para isso....
Pais que tem 30% do pib em reservas em dolar o real a 5,30 é uma pechincha .
EXATO ! dedo na ferida!!
Juro que realmente não entendo por que estes analistas de cenário macroeconômico insistem que gastos governamentais estimulam a economia. “programas assistenciais à população carente e não dispor de fontes de financiamento, e, a bem da verdade, ainda desconhecer a efetiva dimensão destes programas nos sinais de retomada da atividade econômica do país.”A história econômica candou de mostrar empiricamente que políticas econômicas de estímulo ap consumo, oriundas de gastos governamentais financiados via endividamento público, destruindo o orçamento fiscal são nefastas ao país e destroem riqueza.Quanta teimosia. Também, nossas academias de economia ensinam apenas isto e nosso economistas são leotores prequiçosos e arrogantes demais para observar outros pensamentos de escolas econômicas heterodoxas como a Escola Austríaca de Economia.
O analista não defende isso! Releia o texto e veja que ele escreveu em tom de crítica que o governo está no "corner", escanteio, de achar que seu assistencialismo pode impulsionar a economia e sequer ter indicadores para constatar isso!
Politicos sao todos farinha do mesmo saco. Na eleicao de 2018 era criticar assitencialismo, incentivos fiscais, bolsa presidiário, bolsa familia, estatismo, agora o que vemos é um assistencialismo turbinado, com mais inflacao e, tudo isso só pra conquistar o eleitorado mais miseravel com o pensamento fixo em reeleição. Nao estao nem ai com as concretas experiencias anteriores. Todos politicos parecem ser mesmo iguais, meu finado pai ja dizia isso a 30 anos atrás, eu jovem ainda, nao acreditava, acreditei em todos, na nova republica do MDB, no Collor, que representava juventude/renovacao, no plano Real com PSDB, depois no PT que combatia essa turma antiga a anos, veio o Bolsonaro e a coisa tá indo na mesma toada. É sem arrumação.
Leio todos os seus artigos, obrigado por disseminar seu conhecimento e análises!
Neste cenário, a crise é até "boa" pois pavimenta a rota política de aprovação de novas medidas fundamentais á liberalização de nossa economia e retirada ou ao menos redução de privilégios desta aristocracia política/financeira/bancos que suga a riqueza construída pelos proletários/trabalhadores. Esperava que o PT fizesse essas reformas.
A "inflação" virá de qualquer forma. Será ela a força motriz que irá estimular setores da economia. O aumento de preços se dá por redução de estoques, a não emissão de moeda valoriza estes setores que produzirão progressivamente mais. Várias agências começaram a orientar seus sócios a comprar real pois está muito barato. A inflação pelo IGPM analisa entre outros setores, commodities, assim como o mercado imobiliário, que junto com a construção civil, estão muito aquecidos, inflação de 20% se não me engano. O país em outubro criou 10.000 empregos por dia. Um dos setores que mais contratou foi a indústria superando até mesmo a construção civil.
O congresso cancelando as férias a moeda americana vai a 5,00..
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