Futuros de cobre estão encontrado suporte nas negociações desta quarta-feira uma vez que surgiu uma ameaça de greve pelos trabalhadores da mina de cobre Escondida no Chile, o que possivelmente interromperá a produção na quinta-feira.
A mina gerou 6% do fornecimento mundial de cobre em 2015.
A greve dos trabalhadores na mina Escondida
Escondida é majoritariamente controlada pelo BHP Billiton, com Rio Tinto (LON:RIO) e a japonesa JECO também tendo controle.
A greve foi resultado principalmente de problemas relacionados com a administração do aumento dos salários da maior mina de cobre do mundo. Conversas mediadas entre os trabalhadores, a principal associação na mina de cobre Escondida da BHP Billiton, e a administração são esperadas para continuar esta semana.
Negociações anteriores entre as duas partes não foram bem sucedidas.
BHP, australiana, teve queda de 1% depois dos rumores de que os mineradores ameaçaram parar a produção na mina de cobre Escondida no Chile, devido a uma greve dos trabalhadores estabelecida na quinta-feira. BHP falou para os repórteres que não poderia assegurar a segurança de 80 trabalhadores que o governo chileno autorizou a permanecer na mina de Escondida para realizar tarefas críticas como a manutenção de equipamentos e cumprimento de procedimentos com o meio ambiente.
De acordo com o porta-voz do sindicato Carlos Allendes, a companhia se recusou a mudar sua posição. “Nós entendemos que não há mais nada para negociar... não há mais nada para conversar...nós já conversamos demais e nós definitivamente entraremos de greve.”
Análise dos futuros de cobre
No momento da escrita, futuros de cobre na Bolsa Mercantil de Nova York (NYMEX) subiu 1,82% para US$ 2,680 uma libra, enquanto na Bolsa de Metal de Londres (LME), o metal vermelho bateu alta de 1,52% para 5.893,50.
Futuros no LME bateu uma alta intraday de 5.921,4. Hoje o nível de resistência caiu em 6.047,92 enquanto suporte está em 5.712,04. O cobre teve uma forte tendência de alta no final de Outubro de 2016 até um dia depois das eleições dos Estados Unidos. Durante este período, os metais estavam fortemente apoiados pela incerteza do Fed, pelas eleições presidenciais dos Estados Unidos e previsões pessimistas dos principais dados dos Estados Unidos [1].
No início da metade de dezembro de 2016 até início de Janeiro, os metais estavam em baixa uma vez que o dólar repentinamente se fortaleceu, apoiado pela decisão do Fed de aumentar os impostos e nas esperanças renovadas para mais aumentos nas taxas de juros em 2017 [2]. Em 10 de Janeiro, metais como o ouro e cobre se recuperaram enquanto o dólar dos Estados Unidos se enfraqueceu em meio as incertezas que rondavam a posição do banco central dos Estados Unidos em relação à o aumento das taxas de juros[3]. No mesmo dia, os dados de preços fora da China, que concorre com a Índia como o principal importador do mundo do metal amarelo, ofereceu apoio e ajudou o metal industrial.
David Lennox, analista de pesquisas na Fat Prophets, afirmou que os preços das commodities atualmente estão propícios a estremecer a curto prazo devidos às greves uma vez que gastos de capital tem sido reduzido seguido de uma queda ampla e contínua no complexo desde o verão de 2014.
“Supostos projetos que deveriam entrar em operação não ocorreram. Isto significa que a oferta está ficando um pouco apertada e a demanda está crescendo mais perto destes níveis de oferta.” Afirmou Lennox.
Na divisão de Comex da NYMEX, futuros de prata para entrega em março escorregaram 0,5% para US$ 17,66 por onça troy. Futuros de ouro escorregaram moderadamente mas permaneceu próximo à sua máxima de três meses em meio à receios sobre a incerteza política na Europa a preocupações econômicas nos Estados Unidos. Entrega de Abril para o ouro caiu 0,2% para US$ 1.222,31 por onça troy.