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Com Ucrânia em Chamas, Ouro se Aproxima de US$2000; Mais Altas pela Frente?

Publicado 04.03.2022, 16:20
Atualizado 02.09.2020, 03:05

O preço do ouro negro atingiu picos de 14 anos por causa das sanções à Rússia, mesmo que nenhuma dessas medidas tivesse como alvo o petróleo. As plantações douradas de trigo da Ucrânia também alcançaram máximas que não eram vistas desde 2008.

Mas o ouro propriamente dito ainda não conseguiu atingir o brilho de US$2000 que seus investidores tanto almejam, e ainda há dúvidas de quando ele finalmente chegará lá.

O rali de quinta-feira no petróleo e no trigo evocou imagens da crise financeira de 2008, que marcou a última vez em que as duas commodities tocaram máximas acima de US$116 por barril e US$12 por bushel, respectivamente.

Enquanto a maioria das commodities registrou forte valorização nesta semana, o ouro, porto seguro que deveria disparar na esteira dos temores políticos e financeiras gerados pela guerra russo-ucraniana, novamente parou antes do alvo de US$2000 que os investidores vêm tentando alcançar desde as máximas recordes de agosto de 2020.

Ouro à vista diário

Gráficos: cortesia de skcharting.com

Desde que o combate na Ucrânia começou em 24 de fevereiro, o ouro futuro atingiu o pico de US$1.976,50 por onça na Comex de Nova York, contra a máxima histórica de US$2.121,70.

“O ouro parece estar se firmando acima do nível de US$1900, mas ainda lhe falta um catalisador capaz de alçá-lo ao nível de US$2000”, disse Ed Moya, analista da plataforma online de negociação OANDA, após o metal amarelo fechar o pregão de quinta-feira na Comex cotado a 1.935,90.

Moya disse que o ouro continuava respaldado pelos fluxos em busca de segurança, diante do avanço da ofensiva russa no sul da Ucrânia e tratativas de cessar-fogo postergadas para a próxima semana.

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“A incerteza em torno do impacto da guerra está afetando o sentimento dos investidores na Europa, o que vem dando suporte ao ouro", afirmou o analista. Ele disse ainda:

“O ouro ainda parece ser uma opção de investimento atraente, mas outras commodities claramente estão superando seu desempenho. As preocupações com o crescimento mundo podem acabar se tornando temores de uma recessão, servindo de catalisador para o ouro subir mais; isso, porém, pode levar mais tempo para acontecer”.

A questão é: quanto tempo?

Ouro à vista semanal

Ole Hansen, diretor-chefe de estratégia de commodities do Saxo Bank, disse que tanto o ouro como o dólar estão batalhando para ver quem fica com o status de porto seguro, enquanto o rublo russo afunda.

Apesar de a disparada de US$130 do mês passado ter feito o ouro adentrar o território sobrecomprado, ele continuava firme rumo ao patamar de US$2000, e “não há muitos obstáculos no caminho de novas máximas históricas”, disse Hansen em comentários feitos à Kitco.

“Ouro preservou o suporte crítico quando os mercados começaram a precificar cinco elevações de juros nos EUA e quando o dólar estava tocando máximas de quase dois anos", afirmou David Madden, da Equiti Capital, também comentando no site da Kitco.

“O conflito na Ucrânia foi um importante catalisador para o ouro, mas o mercado já estava em tendência de alta antes disso. Acredito que seja apenas uma questão de dias para que o ouro alcance US$2000”.

Mas o Citigroup (NYSE:C) afirma que a disparada do ouro por causa do conflito russo-ucraniano pode ter vida curta, com base na história.

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Da Guerra das Malvinas, em 1982, aos ataques de 11 de setembro, as disparadas de preços do ouro ocasionadas por crises que envolvem ação militar ou terrorista tendem a ser temporárias, disse o Citigroup em um comentário na quinta-feira reproduzido pela Bloomberg.

“As máximas provocadas por motivos geopolíticos tendem a ser fugazes. Em média, os preços do ouro se firmam imediatamente após um evento de risco e devolvem os ganhos no período de um mês”, declarou Suki Cooper, analista do Standard Chartered (LON:STAN), à Bloomberg.

“Ao longo de 2022, nossa expectativa é que o ouro reverta com base no desempenho dos rendimentos reais”.

Mas Aakash Doshi, diretor-chefe de pesquisa em commodities do Citigroup nas Américas, ressaltou que eventos geopolíticos podem se traduzir em choques macroeconômicos, como o embargo do petróleo na década de 1970, a crise da dívida soberana na América Latina no início dos anos 1980 e a crise financeira global do fim dos anos 2000, dando sustentação ao ouro.

“Na medida em que a crise russo-ucraniana aumenta a inflação das commodities, intensifica os gargalos nas cadeias de fornecimento e desacelera o crescimento, principalmente na Europa, os preços do ouro devem contar com o suporte de maiores prêmios de risco e da reação mais amena (dovish) dos bancos centrais”.

No mês passado, o Citigroup elevou sua perspectiva de curto prazo para o ouro e reiterou a possibilidade de alta de 30% nos preços, que poderiam registrar um novo recorde de US$2100 por onça neste ano. Mesmo assim, os preços poderiam cair para cerca de US$1800 se houver uma desescalada na situação na Ucrânia, declarou o banco. O ouro à vista era negociado a US$1.945,38 na madrugada desta sexta-feira em Cingapura, acumulando uma alta de 6% em 2022.

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Os fluxos direcionados a fundos negociados em bolsa por causa da guerra na Europa e as adversidades econômicas também podem ajudar a sustentar os preços do ouro, observou a Bloomberg. As alocações de ETFs que investem em ouro pode aumentar 600 toneladas neste ano, se as preocupações com o crescimento dos EUA, possivelmente levando a uma alta de preços até US$2350 por onça, de acordo com o Goldman Sachs (NYSE:GS). A entrada de fluxos para fundos também ficou um pouco acima de 100 toneladas até agora, segundo dados da Bloomberg.

No Investing.com, nossa tese sugere que o ouro precisa de um grande evento na invasão da Rússia na Ucrânia para fazê-lo superar a marca de US$2000. E esse evento pode ser a queda de Kiev, capital ucraniana. Como ser humano, essa é a pior coisa que eu gostaria de ver. Mas, como analista, considero que esse seria um catalisador capaz de fazer o ouro alcançar US$2000, ou um evento paralelo de igual magnitude.

Estamos falando de algo como um salto de 9% ano a ano no índice de preços ao consumidor nos EUA em fevereiro, após o crescimento de 7,5% de janeiro, que já foi a leitura mais alta para a inflação desde 1982.

Ouro à vista - 4 horas

Além dos fundamentos, os aspectos técnicos do ouro também sugerem a possibilidade de um rompimento de US$2034, segundo meu colaborador favorito de análises técnicas de commodities, Sunil  Kumar Dixit.

“O ouro vem sendo negociado dentro de uma ampla consolidação iniciada em 24 de fevereiro, quando testou US$1974 e atingiu a mínima de US$1879”, declarou Dixit, estrategista-chefe técnico do portal skcharting, ao analisar os preços físicos do ouro.

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“Desde então, o metal encontra-se consolidado e podemos ver a formação de um triângulo simétrico se desenvolvendo no gráfico de quatro horas, com uma altura de US$95”.

O período de acumulação gerou um rompimento do padrão de triângulo simétrico quando o preço avançou sobre US$1939, disse Dixit.

“É comum ver um reteste do ponto de rompimento dessas formações antes da próxima pernada de alta. Nosso próximo alvo seria 1939 mais 95, totalizando US$2034. Nesse movimento, pode ser que vejamos paradas em US$1954, 1974 e 1998.”

“O ouro vai alcançar US$2034 e depois recuar até a região de US$1834-1800 se não houver uma continuidade do ímpeto altista. Esse movimento de US$200-230 pode ocorrer neste mês ou no próximo.”

Aviso de isenção: Barani Krishnan utiliza diversas visões além da sua para dar diversidade às suas análises de mercado. A bem da neutralidade, ele por vezes apresenta visões e variáveis de mercado contrárias. O analista não possui posições nos ativos e commodities sobre os quais escreve.

 

Últimos comentários

O dinheiro torna as pessoas desumanos quando o coração esta apegado no dinheiro, dizer, com a Ucrânia em chamas, invés de colocar com a guerra entre Ucrânia e a russia, colocou em chamas, imagina uma nação em chamas, tipo carnificina, é a mesma coisa colocar o Brasil em chamas, nesta altura todos estaria sendo queimados no fogo, é bem assim que alguns desumano faz, é como se 44 milhões de ucranianos estivessem queimando no fogo, que imbecil o cara que colocou o tema.
essa turma da investing toca mais terror no coitado do povo, do que a própria Rússia!!
Não entendi o seu comentário. Toca o terror como assim? Ele só está dando pitacos sobre o avanço ou não do ouro… qual seria o “terror”?
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