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Commodities na Semana: Breve Alívio no Petróleo e Ouro; Recessão é Iminente

Publicado 16.03.2020, 11:34

Esqueça o petróleo. O famoso ditado “ainda pode piorar antes de começar a melhorar” repentinamente ganhou um significado aterrorizante para mercados e investidores de todos os tipos e tamanhos.

Mas o que esperar quando o Federal Reserve (Fed) baixa as taxas de juros para quase zero em um período recorde de duas semanas e disponibiliza mais US$ 700 bilhões para estimular a economia, e a reação do mercado não passa da indiferença?

Futuros WTI Semanal

A histeria do coronavírus já forçou 100 milhões de europeus a se isolarem (e os americanos temem ser os próximos), virando a economia mundial de cabeça para baixo de uma forma que poucos bancos centrais poderiam imaginar.

Na falta de pessoas nas ruas trabalhando, dirigindo, comendo, bebendo e comprando como de costume, nenhum corte de juros ou estímulo conseguirá a proeza de restaurar a demanda real ou o sentimento dos consumidores.

Isso se aplica especialmente aos Estados Unidos, onde quase 80% da economia é movida pelos gastos dos consumidores. As coisas ainda podem piorar se as autoridades não encontrarem uma forma de colocar dinheiro diretamente no bolso de pessoas comuns com pouca ou sem nenhuma renda para que possam gastá-lo online com produtos que geralmente comprariam em lojas físicas.

Empresas como Nike (NYSE:NKE), Urban Outfitters (NASDAQ:URBN) e outras 14 grandes varejistas fecharam temporariamente suas lojas. O Walmart (NYSE:WMT) e a Apple (NASDAQ:AAPL) reduziram o expediente. Enquanto esse cenário persistir, podemos esquecer qualquer esperança de que as coisas possam “melhorar".

Corte do Fed não significou nada

É por isso que os futuros do índice Dow Jones sinalizam mais uma queda de 1.000 pontos, ou quase 5%, na abertura desta segunda-feira (16). O fato de a ação do Fed no domingo não ter significado nada para Wall Street é extremamente sintomático, mesmo com os elogios do presidente dos EUA, Donald Trump, que não parava de pressionar o banco central a cortar os juros para zero desde que assumiu o poder.

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No caso do petróleo, o WTI e os futuros do Brent registravam queda de cerca de 2% ou mais até o meio-dia desta segunda-feira na Ásia, revertendo sua trajetória depois do repique de sexta-feira inspirado pela promessa de Trump de completar a reserva petrolífera norte-americana — um empurrão para a indústria do “shale oil” que, como se esperava, não durou mais do que uma sessão.

Futuros Brent Semanal

Até mesmo o preço spot do ouro tomou uma pancada de menos de 2% depois do corte de juros histórico, não fazendo jus ao seu rótulo de porto seguro, que já vinha em declínio de qualquer forma, principalmente depois da desvalorização de 9% da semana passada, a maior em uma semana desde 2011.

Recessão “parece inevitável”

“Uma recessão parece agora inevitável para o mundo”, declarou Jeffrey Halley, analista sênior de mercado na OANDA.

“O melhor cenário é aquele em que os esforços de contenção deem resultado e, no prazo de três meses, o mundo enxergue uma luz no fim do túnel, começando uma recuperação. Esse é o cenário otimista, embora alguns países importantes ainda estejam hesitantes ou em estado de negação. Você sabe quem é.”

Para o petróleo, isso significaria que o preço-alvo de US$ 20 previsto pelo Goldman para o barril se tornou uma possibilidade clara. Embora tanto o WTI quanto o Brent permaneçam acima de US$ 30 neste momento, não é difícil imaginar uma desvalorização de mais um terço em seu valor.

O petróleo segue ameaçado pelo sério risco de excesso de oferta, enquanto a restrição de viagens aéreas, terrestres e marítimas induzida pelo coronavírus se sobrepõe aos cortes de produção inoportunos da Arábia Saudita.

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Companhias aéreas, como a American Airlines (NASDAQ:AAL), reduziram em até 75% sua capacidade internacional depois que Trump anunciou uma proibição completa de viajantes europeus nos EUA, ao mesmo tempo em que membros da União Europeia tomaram medidas individuais para garantir a segurança das suas fronteiras. Desde a semana passada, a consultoria Rystad Energy viu o tráfego aéreo mundial despencar 16% ou mais em 2020, gerando uma perda de cerca de 780.000 barris por dia (bpd) na demanda de combustível de aviação.

O preço médio de um galão de gasolina nos EUA era de US$ 2,26 no domingo, o menor patamar desde 2017, de acordo com a Associação Automotiva Americana. Apesar de os preços menores do combustível geralmente incentivarem o crescimento econômico, a atual queda se deve ao fato de que menos americanos estão dirigindo, em razão dos distúrbios causados pela pandemia, que já infectou mais de 3.700 pessoas e matou cerca de 70 no país.

Um pouco de alegria para o shale oil

Mas o que dizer dos planos de Trump de elevar a Reserva Estratégica de Petróleo dos EUA? Isso não vai ajudar a indústria do shale oil?

Sim e não.

Como colocou Scott Carpenter, articulista de energia da Forbes, o plano de Trump de completar as reservas estratégicas de petróleo (SPR, na sigla em inglês) pode se mostrar “mais eficiente como uma metáfora para o apetite sem fim do setor de shale por dívida", em vez de ser um catalisador importante para a alta dos preços do petróleo.

Isso porque a capacidade total da SPR é de 713,5 milhões de barris. Desde a semana passada, o volume total de petróleo nas cavernas subterrâneas de sal de Louisiana, que corresponde às reservas da nação, ficou em um pouco menos de 650 milhões de barris.

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Portanto, o máximo que Trump pode colocar nesses reservatórios é 63,5 milhões de barris. Mesmo que o governo continue abastecendo a SPR até o fim do ano, só conseguirá bombear 219.000 barris por dia pelos próximos 290 dias a partir de 16 de março.

“Isso não é nem a metade do tamanho dos cortes que a Opep+ vinha considerando antes do fracasso das últimas tratativas, além de ser apenas uma fração dos quase 4 milhões de barris por dia de sobreoferta que os mercados mundiais podem enfrentar”, declarou Carpenter ao se referir ao agressivo plano de produção saudita nas próximas semanas, que deve se igualar à produção da Rússia.

E, apesar da sua arrogância, os sauditas também parecem estar enfrentando problemas.

A Aramco (SE:2222), petrolífera estatal de Riad, está diminuindo as despesas planejadas neste ano, no primeiro sinal de que a queda da demanda e a guerra de preços no petróleo iniciada pelo reino estão afetando diretamente o país.

O dispêndio de capital ficará entre US$ 25 e US$ 30 bilhões em 2020, e os planos de gastos a partir do próximo ano estão sendo revisados, de acordo com a Aramco. A gigante do petróleo está reduzindo aquela faixa dos US$ 35 bilhões planejados para US$ 40 bilhões anunciados em seu prospecto de IPO. A empresa já gastou US$ 32,8 bilhões em 2019.

De qualquer forma, o ouro será alvo de vendas

No caso do ouro, a expectativa é que qualquer repique seja limitado, já que os operadores devem realizar lucro rapidamente para cobrir as perdas e margens nas ações e outros ativos. Como afirmou Halley, da OANDA, se as ações caírem ainda mais, a liquidação dos comprados no ouro parece inevitável; se o ouro voltar a subir para US$ 1.600 ou superar as máximas a US$ 1.700 da semana passada, será alvo de vendas em velocidade duas vezes maior.

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Futuros do Ouro Semanal

“É muito provável que a paciência venha a recompensar os comprados em ouro, mas será necessário ter um bolso fundo", declarou.

“Depois de cair US$ 175 na semana passada, não se podem desconsiderar outras quedas, e os níveis técnicos não devem ser respeitados. Dito isso, a região de US$ 1.460,00 a US$ 1.480,00 continua sendo um suporte de longo prazo. Se alguém quer se posicionar na compra e fechar os olhos, essa seria uma boa região para fazer isso.”

Últimos comentários

Sem demanda pelo produto, sem renda circulando, sem crescimento econômico.
Caros analistas, vcs estão esquecendo. A OPEP não é só a Arábia, tem muitos países beligerantes instáveis com suas economias dilaceradas dependentes do óleo, principalmente o imprevisível Irã que detesta a Arábia Saudita (que está forçando a baixa) e não seria nenhuma surpresa uma grande guerra local nesses países do oriente médio por questões econômicas, políticas e religiosas pra engrossar o caldo! O petróleo numa situação dessas dispara, tipo a guerra do golfo!
Mas aí, comprar petróleo agora ou não, pois se cair mto não tem carteira pra aguentar...
Pra longo prazo, vale sim!
"O CÍRCULO NEGRO" - O momento parece propício para uma guerra no oriente médio para forçar os preços para cima e diminuir a oferta.
tmj
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