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Commodities nesta Semana: Petróleo e Ouro Seguem Caminhos Divergentes

Publicado 18.10.2021, 07:55
Atualizado 02.09.2020, 03:05

A divergência entre os caminhos trilhados pelas commodities de energia e os metais preciosos deve se acentuar nesta semana, com o petróleo tentando buscar preços mais altos, devido à crise energética mundial, e o ouro sob a mira dos planos de redução de estímulos do Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA).

Petróleo diário

A Casa Branca anunciou, na sexta-feira, que levantará as restrições de viagem geradas pela Covid a estrangeiros totalmente vacinados em 8 de novembro, o que pode provocar uma disparada na demanda do combustível de aviação. Antes mesmo disso, a Agência Internacional de Energia estimava que faltariam pelo menos 500.000 barris por dia (bpd) de petróleo no mundo para fazer frente ao consumo no fim do ano.

Os preços do petróleo moveram-se praticamente em apenas uma direção depois que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e seus aliados no âmbito da Opep+ decidiram, há duas semanas, não adicionar mais 400.000 bpd à oferta, apesar da forte demanda registrada no mundo, que rapidamente se abre após os bloqueios da pandemia.

Ainda que o fim das restrições de viagens planejado pela Casa Branca aos EUA e a atualização das estimativas de demanda global da AIE tenham seus méritos em alçar os preços do petróleo, a commodity também disparou neste mês devido a outras notícias envolvendo a Opep+ e a situação dos estoques, que estão nas mínimas plurianuais.

Seja por rumores de “prêmio de escassez” na estrutura do barril futuro de Brent, seja pela previsão do Goldman Sachs (NYSE:GS) e Morgan Stanley (NYSE:MS) de que a referência mundial do petróleo atingirá US$90, o mercado não parou de buscar níveis mais altos, sob a promessa de demanda explosiva gerada pela maior mobilidade e a chegada dos meses de inverno no Hemisfério Norte nos próximos meses, aumentando a necessidade de calefação.

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Nenhuma notícia negativa foi capaz de arrefecer o movimento do petróleo nas últimas semanas, inclusive o acúmulo registrado nos estoques de petróleo nos EUA nas últimas três semanas consecutivas, quando houve uma adição de 13 milhões de barris ao todo.

Tampouco o fato de a EIA, agência de informações energéticas dos EUA, elevar as estimativas de produção no país em 800.000 barris diários nas últimas três semanas, embora a produção total esperada seja de 11,4 milhões por dia, ou 1,7 milhão abaixo do recorde pré-pandemia de 13,1 milhões.

O que ocupou o centro das atenções dos investidores foi a crise energética na Ásia pela falta de carvão, fazendo com que o contrato futuro do carvão negociado em Hong Kong disparasse 9% nesta segunda-feira, impulsionando ainda mais os preços do petróleo, enquanto a China, o resto da Ásia Setentrional e a Europa disputavam a escassa oferta de energia.

O barril de Brent atingiu o pico de US$86,03 na abertura da semana, marcando a máxima de três anos, o que não surpreendeu alguns analistas já acostumados com a tendência unidirecional no setor de energia.

Já o barril americano de West Texas Intermediate atingiu uma nova máxima de sete anos, cotado a US$83,11.

Jeffrey Halley, diretor de pesquisa sobre Ásia na OANDA, disse o seguinte:

“O petróleo do tipo Brent agora pode buscar a máxima de outubro de 2019 a US$86,80 e seguir em direção a US$90,00, com suporte nos níveis de US$84,25 e 82,00.”

“O WTI encontra muitas resistências até a região de US$89, embora minha expectativa seja de pressão de venda acima de US$86 inicialmente. Somente uma queda abaixo de US$82 poderia desafiar uma perspectiva altista”.

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As liberações de estoques estratégicos nos EUA e China devem fornecer apenas um “alívio temporário” para os preços, em um mercado sobrecomprado em todos os indicadores técnicos, declarou Halley.

Com o ouro, o mais provável é que ocorra exatamente o contrário.

Os preços do metal amarelo devem registrar mais fraqueza após o breve repique da semana passada, que o fez superar US$1.800 e colapsar 24 horas depois.

Ouro diário

O Livro Bege do Fed, previsto para quarta-feira, pode cimentar as expectativas de tapering, ou desmontagem do programa de compras mensais de títulos do banco central americano no valor de US$120 bilhões. A ata da reunião de setembro do Fed, divulgada na semana passada, mostrou que se cogita realizar um anúncio em novembro, com início do tapering no fim do mesmo mês.

Na segunda-feira, serão divulgados dados sobre a produção industrial nos EUA, seguidos do relatório sobre licenças de construção e construção de novas casas, na terça-feira.

A expectativa é que a produção industrial registre restrições por causa dos problemas na cadeia de fornecimento, mas os dados do setor imobiliário devem continuar sólidos, com o recente repique nas solicitações de hipoteca, apontando elevação na atividade, após uma leve desaceleração entre a primavera e o verão.

“A alta dos rendimentos dos títulos americanos deve ser um empecilho para o rali no ouro, principalmente se levar a uma valorização do dólar", ressaltou Halley.

“No cenário mais amplo, apenas uma alta até US$1.835 por onça poderia desencadear um padrão técnico de ombro-cabeça-ombro invertido no gráfico mensal e mudar a perspectiva para o ouro novamente para positiva.” Os riscos continuam sendo para baixo”.

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Aviso de isenção: Barani Krishnan utiliza diversas visões além da sua para oferecer aos leitores uma variedade de análises sobre os mercados. A bem da neutralidade, ele apresenta visões e variáveis de mercado contrárias. O analista não possui posições nos ativos e commodities sobre os quais escreve.

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