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Resultados das sessões de mercado ao longo da semana
Ao longo da última semana passada, os traders dos mercados internacionais de divisas continuaram a sofrer com as incertezas e elevada volatilidade, causadas principalmente no final da semana devido a um ato terrorista em Nice e pela tentativa de golpe na Turquia.
A tentativa frustrada de golpe militar na Turquia na semana passada veio adicionar incerteza e temor nos mercados de câmbio, acima de tudo aos traders de euro, uma vez que a Turquia é uma grande consumidora de produtos europeus e destino turístico do continente. As perdas das companhias aéreas e dos operadores turísticos podem no futuro gerar um impacto negativo sobre o euro em relação ao dólar, a menos que a situação se altere completamente sob o controle do presidente Erdogan nos próximos dias.
A tragédia ocorrida em Nice na sexta-feira causou pressão adicional sobre a moeda única europeia, bem como os dados macroeconômicos contraditórios publicados ao longo da semana passada. O índice de preços ao consumidor subiu a uma taxa anual de 0,9% em junho, em consonância com as expectativas do mercado, assim como a taxa de inflação anual. No entanto, em termos mensais, a inflação foi zero em comparação com o crescimento de 0,2% de maio. A balança comercial em maio ascendeu a 24,6 bilhões de euros, o que foi abaixo da previsão de e 2,3% abaixo do valor de abril, quando as trocas atingiram 35 bilhões de euros. Além disso, a produção industrial na União Europeia cresceu em maio apenas 0,5% ao ano, bem pior do que o previsto de mercado, o qual aguardava crescimento de 1,4%. Em termos mensais, a produção em maio caiu 1,2% em comparação com abril, apesar do fato de que o mercado esperava apenas 0,8%.
Diferentemente do período final de junho, quando o barril de Brent chegou a cair 7%, para 46,53 USD por barril, o petróleo voltou a se estabilizar. Em Londres, o barril de Brent fechou a semana custanto 47,97 USD e o petróleo WTI subiu 3,8%. Embora os traders interpretem o momento atual como “bearish” no mercado de commodities, a situação é mais complexa do que aparenta.
Enquanto que o a OPEP anunciou um aumento de produção ao longo de mês de junho, grandes países exportadores tiveram suas extração e produção de petróleo diminuídas. De fato, o aumento da produção foi observado apenas na Nigéria, Líbia, Irã e Arábia Saudita. No entanto, nos outros grandes produtores os números caíram, mormente na Venezuela cuja queda bateu 2,15 milhões de barris por dia, o nível de produção mais baixo desde 2003.
Na sexta-feira da semana passada (15.07), o par euro/dólar fechou em baixa. O dólar continuou a se fortalecer contra o euro e as moedas asiáticas. Todavia, a libra esterlina apresenta resistência à expansão agressiva do dólar, forçando o par GBP/USD cair 1,4%, para 1,318. Ocorre que os traders compreendem que a economia dos EUA está se recuperando da crise, mas o crescimento é lento. O nível de emprego em setores urbanos vem crescendo, assim como as vendas no varejo, como demonstrado pelas estatísticas de maio e junho. Os indicadores de inflação, todavia, estão em desacordo com as expectativas do mercado, e os traders especulam a respeito da superação pela economia norte-americana da atual fase de deflação. Estas incertezas levarão provalmente o Fed adiar a decisão sobre as taxas de juros, a qual certamente contribuirá para o enfraquecimento do dólar, em particular, contra a libra esterlina, mesmo diante do temeroso quadro geopolítico europeu.
Principais notícias da semana
- Terça-feira, 19 de julho, dados sobre a inflação no Reino Unido;
- Quarta-feira, 20 de julho, dados sobre o desemprego no Reino Unido em maio;
- Quinta-feira, 14 de julho, decisão do BCE sobre as taxas de juros (13:45 EET) e dados sobre as vendas no varejo no Reino Unido em junho.
Expectativas para a semana
Esta semana, esperamos que o euro/dólar seja negociado em níveis entre 1,102 e 1,11. O par GBP/USD poderá variar entre 1,31-1,33.