Garanta 40% de desconto
💰 Tenha ideias profissionais de carteiras de investidores superbilionários no InvestingProCopiar carteira

Copom Mais Transparente

Publicado 25.07.2016, 16:46
USD/BRL
-

Falamos recentemente sobre a boa coordenação entre BACEN, sob o comando de Ilan Goldfajn, e Fazenda, com o ministro Meirelles, imbuído de avançar no ajuste fiscal, com todas as dificuldades em agradar as demandas políticas e a necessidade de aprovar as principais medidas fiscais. Sobre estas últimas, uma pesada agenda nos espera no Congresso nos próximos meses, depois do “recesso branco”. No meio do caminho, ainda teremos a possível cassação de Eduardo Cunha, uma Olimpíada tensa pelos riscos de terrorismo, ao fim de agosto, se tudo correr como prevê o mercado, o impeachmentda presidente Dilma e uma eleição municipal com a maioria dos candidatos de “caixa baixa”.

Importante nesta dura travessia, no entanto, seria destacar a atuação do BACEN. Mudanças consistentes são observadas. Já tivemos uma considerável mudança na comunicação das reuniões do Copom, com o comunicado divulgado na quarta-feira às 18 horas e a ata na terça da semana seguinte (e não mais na quinta). No comunicado também são notórias as mudanças no conteúdo e na densidade do que é dito. Mais parecendo uma mini-ata, o da semana passada surpreendeu pela sinalização clara de que no balanço dos acontecimentos o BACEN ainda não se sentiria confortável para reduzir a taxa de juros. Não deve ser agora em agosto, nem em outubro, levando a crer que possa ser em novembro. Para isso, será essencial que o ajuste fiscal avance, muito mais, gerando uma melhora na percepção de risco dos agentes, e que haja alguma desinflação, dada a prolongada recessão da economia.

Anúncio de terceiros. Não é uma oferta ou recomendação do Investing.com. Leia as nossas diretrizes aqui ou remova os anúncios .

Para isso, será importante o BACEN se manter em acompanhamento estreito da economia, olhando, com especial atenção, a inflação (é claro), o ritmo de atividade e a taxa de câmbio. Sobre a inflação, o que se observa é que, ao contrário do ano passado, marcado por um forte realinhamento tarifário, na qual o preço da energia elétrica aumentou mais de 50%, neste ano o que se tem é uma inflação ainda com alguma resistência inercial, dados os mecanismos de correção de contratos intensificados pelas incertezas. Além disto, o principal item de impacto neste ano vem sendo Alimentos e Bebidas, maior peso no índice (23,1%), até junho, em 12 meses, tendo registrado 12,8%, contra 8,8% do índice geral.

Sobre o ritmo da economia, não dá para sentir nenhuma reversão ainda, com o varejo ainda fraco nas vendas, a produção industrial até ensaiando uma reação, mas muito tímida, a os serviços ainda no negativo. O IBC-Br de maio bem mostrou isto, recuando 0,5% contra o mês anterior e torno de 5% contra o mesmo mês do ano passado, em 12 meses e no ano. Tudo leva a crer que ainda teremos um PIB recuando no segundo trimestre, mas talvez sinalizando alguma reação até o fim do ano. Isto pode ser visto pela virada das sondagens de confiança da FGV, todas melhorando, com destaque para a da indústria.

Por fim, sobre a taxa de câmbio, ainda difícil decifrar qual o próximo passo do BACEN, tendo atuado mais fortemente na compra de swapreverso, depois da moeda norte-americana ensaiar recuar abaixo de R$ 3,20 e por lá permanecer. Com isto, o volume de contratos de swap tradicional deu uma recuada, agora em US$ 52 bilhões, sendo que no início do ano passava de US$ 90 bilhões. Não sabemos em que intensidade deve ocorrer o ingresso de recursos depois de confirmado o impeachment, mas não será surpresa se o câmbio recuar abaixo de R$ 3,00.

Anúncio de terceiros. Não é uma oferta ou recomendação do Investing.com. Leia as nossas diretrizes aqui ou remova os anúncios .

Sobre as projeções do mercado e desta Consultoria, predominam uma total falta de rumo para projetar a taxa de câmbio. Se o Fed, realmente, optar por adiar o início do ciclo de elevação da taxa de juros norte-americana neste ano para o próximo, dificilmente, veremos o dólar se valorizando muito até dezembro. Soma-se a isto, o Brexit segue numa distensão mais tranqüila e a euforia externa, com o impeachment passando, deve elevar o aporte de vários fundos globais, como os de infra-estrutura, para o País. Cabe salientar que a atratividade de outros mercados segue muito ruim, ainda mais depois da tentativa de golpe na Turquia e a condução mais frouxa de política monetária dos bancos centrais no Japão e na Zona do Euro. Os grandes playersparecem, portanto, ávidos por buscar mercados mais “atrativos”.

Por ora, para este ano, estamos prevendo o dólar a R$ 3,40 ao fim deste ano, a inflação (pelo IPCA) a 7,0% e a taxa Selic, a 13,5%. A Focus trabalha com R$ 3,39, 7,26% e 13,25%, respectivamente e uma pesquisa recente da Anbima projeta R$ 3,50, 13,25% e 7,19%.

TRAJETÓRIAS DO IPCA (E SEUS PRINCIPAIS GRUPOS) EM 12 MESES

IPCA

Últimos comentários

Instale nossos aplicativos
Divulgação de riscos: Negociar instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve riscos elevados, inclusive o risco de perder parte ou todo o valor do investimento, e pode não ser algo indicado e apropriado a todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos, como eventos financeiros, regulatórios ou políticos. Negociar com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir operar e negociar instrumentos financeiros ou criptomoedas, você deve se informar completamente sobre os riscos e custos associados a operações e negociações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente seus objetivos de investimento, nível de experiência e apetite de risco; além disso, recomenda-se procurar orientação e conselhos profissionais quando necessário.
A Fusion Media gostaria de lembrar que os dados contidos nesse site não são necessariamente precisos ou atualizados em tempo real. Os dados e preços disponíveis no site não são necessariamente fornecidos por qualquer mercado ou bolsa de valores, mas sim por market makers e, por isso, os preços podem não ser exatos e podem diferir dos preços reais em qualquer mercado, o que significa que são inapropriados para fins de uso em negociações e operações financeiras. A Fusion Media e quaisquer outros colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo não são responsáveis por quaisquer perdas e danos financeiros ou em negociações sofridas como resultado da utilização das informações contidas nesse site.
É proibido utilizar, armazenar, reproduzir, exibir, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos nesse site sem permissão explícita prévia por escrito da Fusion Media e/ou de colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados aos colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo e/ou bolsas de valores que fornecem os dados contidos nesse site.
A Fusion Media pode ser compensada pelos anunciantes que aparecem no site com base na interação dos usuários do site com os anúncios publicitários ou entidades anunciantes.
A versão em inglês deste acordo é a versão principal, a qual prevalece sempre que houver alguma discrepância entre a versão em inglês e a versão em português.
© 2007-2024 - Fusion Media Limited. Todos os direitos reservados.