Após valorização de 149%, esta ação volta ao radar da nossa IA - e já subiu +25% em julho
A corrida por fusões e aquisições (M&A) envolvendo empresas que desenvolvem tecnologias com inteligência artificial acelerou nos últimos anos, tanto globalmente, quanto no mercado brasileiro. Este crescimento reflete a grande transformação que o uso de inteligência artificial vem ocasionando no mercado. O incremento é percebido em diferentes segmentos, que buscam liderar as iniciativas e tecnologias de uso da IA. Exemplos recentes são notáveis, como a aquisição da Character.AI pelo Google (NASDAQ:GOOGL) ou a recente aquisição da Seek AI pela Nvidia (NASDAQ:NVDA). Já no Brasil, companhias e fundos vêm investindo em empresas que desenvolvem este tipo de tecnologia, como é o caso do Itaú (BVMF:ITUB4). que investiu na startup NeoSpace, ou a Logspace, adquirida pela empresa norte-americana DataStax. O lugar comum dessas transações foi compreender que dominar ferramentas e soluções de Inteligência Artificial é um diferencial competitivo bastante relevante.
As transações e investimentos envolvendo empresas de tecnologia protagonistas em desenvolvimento de inteligência artificial possuem diferentes motivações. A primeira e mais direta delas é a aquisição do ativo e tecnologia desenvolvida, que pode ser incorporada no arsenal ou operação da empresa compradora. Esta aquisição tende a ser um diferencial competitivo ou acelerar o desenvolvimento de novos produtos ou até tecnologias. Mas existe um outro lado que envolve os próprios talentos e recursos que as desenvolveram. É uma estratégia conhecida como “acqui-hire”, bastante usada por grandes companhias do meio digital. Ao adquirir uma empresa, adquire-se know-how, código-fonte, reputação e, muitas vezes, a própria equipe técnica, servindo como um impulsionador do desenvolvimento das tecnologias proprietárias.
Seja qual for o motivador, estamos diante de uma corrida pelo protagonismo no desenvolvimento de plataformas de Inteligência Artificial e o M&A aparece como uma das grandes alavancas deste fenômeno. Mas entre o entusiasmo e as buscas por oportunidades, há cuidados que não podem ser ignorados durante um processo de M&A. Uma das etapas mais essenciais é a condução de uma Due Diligence adequada, que avalia a real qualidade dos ativos, a eficácia dos algoritmos, os direitos sobre propriedade intelectual, riscos jurídicos e éticos, infraestrutura, documentação e compliance. Cada vez mais, se faz necessário um olhar técnico e aprofundado sobre o tema, que ganha um capítulo maior nos assessments e análises de aquisição.
Já do ponto de vista do valuation, a complexidade da tecnologia e a incerteza do mercado tornam a tarefa ainda mais delicada. Custos de desenvolvimento, escalabilidade e maturidade do produto devem ser ponderados com rigor e modelos tradicionais de valuation podem não ser suficientes para conduzir a negociação. Conhecer de forma aprofundada o mercado e as suas tendências também podem ser grandes diferenciais para a melhor negociação do ativo.
Em suma, a aquisição de startups de IA tem se tornado um tema estratégico. A velocidade de aquisição de soluções inovadoras, somada à contratação de equipes especializadas, permite lançar produtos com o selo da inovação em menor tempo e se diferenciar no mercado como um todo.