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De Pernas Pro Ar

Publicado 17.04.2015, 17:21
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Pode?

Principal dado econômico do dia por aqui, a prévia da inflação oficial (IPCA) para abril veio acima das expectativas, no maior nível dos últimos 12 anos.

Isso, três dias depois do Banco Central prometer que a inflação de abril será “bem inferior”, ainda respondendo à divulgação da inflação de março, a maior para o mês em duas décadas...

Pode?

Tanto pode que alimentou no mercado expectativa de que o Banco Central poderia reduzir o ritmo de aperto monetário e subir a Selic em apenas 0,25 ponto em sua próxima reunião.

Uma verdade inconveniente


Imagina só, o cara que se compromete em “manter a política vigilante” e com uma meta de inflação de 4,5%, para de subir os juros vigorosamente com a inflação oficial acima de 8%, e com expectativas para 2016 notadamente acima do centro da meta...

O Banco Central pode cortar os juros com a inflação onde está?

Pode. E deve fazer. A inflação incomoda, mas recessão também incomoda.

Mas não é conversa para agora. Essa prévia do IPCA torna o timing um tanto ingrato, pra não dizer avesso.

Para de subir o juro com vigor agora seria um atestado de que ele não briga contra a inflação com intensidade...

Imagina um extraterrestre visitando o site do Banco Central e se deparando com:

Inflação

Desafio: adivinhe a moeda

Você saberia me apontar qual a moeda, de todo o mundo, que mais tem ganho valor em relação ao dólar?

- Franco Suíço?
- Coroa Norueguesa?
- Dólar Australiano?
- Rúpia Indiana?
- Real?

Nenhuma delas.

Acredite ou não, é a moeda de um país em conflito civil, um dos mais prejudicados com a desvalorização do petróleo, com perspectiva de queda de 3% no seu PIB em 2015, e sofrendo sanções comerciais do mundo todo...

Sabe?

A moeda dessa economia próspera acumula ganho de 22% contra o dólar em 2015, enquanto o segundo lugar, a kwacha malawiana, ganha cerca de 5%.

Ahh, o impacto do preço do petróleo...

Imagine um mundo com petróleo a US$ 40 por barril. Nem precisa imaginar muito, é muito próximo do mundo em que vivemos...

Petróleo

Aonde nos encaixamos nessa?

Para a Petrobras é bom no curto prazo, em que ela, autossuficiente para inglês (ou eleitor) ver, importa combustível.

Mas é ruim no longo prazo, pois praticamente inviabiliza o pré-sal.

Agora, ceteris paribus, em termos de atividade (PIB), o que é ruim para a Petrobras é mesmo ruim para o Brasil?


Normal isto?

Tenho uma outra questão ainda mais curiosa, para não dizer absurda...

Você sabia que, hoje, os bunds alemães de oito anos estão com juros negativos?

O que isso quer dizer?

Que você pode emprestar dinheiro por oito anos da Alemanha que ela te paga por isso.

A quanto de juros você paga?

Nada. É ela quem está pagando para você pegar o dinheiro emprestado.

Como se não bastasse...

Agora, e se eu te disser que uma das Bolsas que mais ganhou valor no ano, a chinesa, tem o seu setor de tecnologia, por exemplo, negociando a múltiplos Preço/Lucro de 220x?

O que isso quer dizer?

Grosso modo, que para você começar a ter lucro com esse investimento depois de 220 anos.

É, por exemplo, mais do que os 156x preço/lucros vistos no auge da bolha pontocom americana, que destruiu os mercados mundiais na virada do século.

Pode?

Tanto pode que tem gente comprando mais e mais dessas ações diariamente...

Agora, onde isso vai parar?

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