Bom dia, leitores das análises do mercado de câmbio. O dólar à vista fechou o dia de ontem cotado a R$ 5,7682 para venda, conforme informado pela mesa da corretora Getmoney.
O dia ontem foi de digerir dados do IPCA de janeiro, que vieram melhores do que o esperado e isso falou mais alto do que o fator externo. De externo tivemos o anúncio do governo Trump sobre tarifar em 25% a importação do aço e do petróleo. O presidente dos EUA tem dito também que implementará tarifas recíprocas voltadas aos países que impõem taxas sobre os produtos dos EUA.
Essas medidas ajudarão a economia norte-americana, mas acirrarão a guerra comercial, além disso trarão impacto para o Brasil, que é exportador de commodities.
São medidas inflacionárias e podem fazer com que o Fed precise manter a taxa de juros mais alta por lá por mais tempo, o que daria força ao dólar. Mas esse prêmio de risco já havia sido colocado na sexta, portanto a alta da moeda não se sustentou por aqui. Alem disso, pelo andar da carruagem, pode ser que essas tarifas não passem de ameaças para forçar negociações. De qualquer jeito, nós aqui do câmbio vamos acompanhar o desdobramento disso e o impacto na nossa moeda.
Quanto ao Oriente Médio, Donald Trump ameaçou o grupo terrorista Hamas de cortar o cessar-fogo caso todos os reféns não sejam devolvidos até às 12 hrs de sábado. Isso aconteceu após o grupo terrorista violar o acordo. Por aqui aguardamos novidades sobre como se dará o estímulo ao consumo.
No calendário econômico para hoje teremos na zona do euro, discurso de Elderson, do BCE (7:00 hrs). Aqui no Brasil vamos conhecer o crescimento do setor de serviços de dezembro (9:00 hrs), confiança do consumidor de janeiro (13:00 hrs) e fluxo cambial estrangeiro (14:30 hrs). Nos EUA sairá o IPC de janeiro (10:30 hrs), haverá depoimento de Jerome Powell, presidente do Fed, (12:00 hrs), discurso de Bostic, membro do Fomc (14:00 hrs) e o Balanço Orçamentário Federal (16:00 hrs).
Bons negócios a todos e muito lucro.