Bom dia, leitores das análises diárias do mercado de câmbio. O dólar à vista fechou a semana passada cotado a R$ 5,5249 para venda, conforme informado pelos operadores da mesa de câmbio da corretora Getmoney.
Hoje é dia do mercado reagir à entrada dos EUA na guerra contra o Irã. O aumento da aversão ao risco deu uma força ao dólar na sexta-feira, e hoje poderemos ter a continuidade deste movimento. Estamos com dois vetores contrários no câmbio. Do lado pró-dólar temos a escalada da guerra, e do lado pró-real temos o carry trade, com a taxa de juros Brasil em 15% ao ano e o Copom afirmando que manterá a taxa Selic elevada por um período mais longo. Enquanto isso, o Fed manteve a taxa básica de juros americana na faixa entre 4,25% e 4,50% e com diferentes visões sobre o rumo da política monetária por lá. As discussões comerciais estão em andamento, mas não temos nada de concreto ainda a esse respeito.
Agora o mercado precisa considerar uma possível disparada do preço do petróleo e ficar de olho em dados dos EUA, como o PCE, que sairá na sexta, e o PIB do primeiro trimestre. Amanhã é dia de Jerome Powell, chair do Fed, falar no Congresso dos EUA e dia de ata do Copom. E seguimos com a novela da política fiscal e as tentativas das contas fecharem. Tudo isso, é claro, sem que o governo deixe de gastar.
No calendário econômico para hoje vamos acompanhar na zona do euro, antes do mercado abrir, os PMIs composto, de serviços e industrial de junho. Às 10 hrs haverá discurso de Christine Lagarde, presidente do BCE. No Brasil teremos o tradicional Boletim Focus (8:25 hrs). Nos EUA sairão os PMIs composto, industrial e de serviços de junho (10:45 hrs), vendas de casas usadas de maio e discurso de Bowman (11:00 hrs) e Williams (15:30 hrs), ambos do Fomc.
Bons negócios a todos, muito lucro e uma excelente semana.