Bom último pregão da semana, queridos sobreviventes da montanha russa do câmbio. O dólar à vista fechou o dia ontem cotado a R$ 6,0128, conforme informado pela mesa da Getmoney corretora.
Num primeiro momento, assim que o mercado abriu tivemos o efeito da alta de 1% na Selic, atualmente em 12,25% ao ano. O efeito do carry trade fez preço, jogando o dólar para baixo de R$ 5,90 (na mínima R$ 5,8696), mas conforme o dia foi passando o pessoal aproveitou essa baixa para comprar.
O guidance de mais dois aumentos desta magnitude (1%) na taxa de juros fez a bolsa despencar. Para ajudar a desvalorizar o real, temos a percepção de que nada mudou no ambiente fiscal, ou até piorou, no sentido de dúvidas sobre o compromisso do governo com o equilíbrio das contas públicas, e isso fez a taxa de câmbio disparar. As medidas de contenção de gastos continuam emperradas no Congresso e a insegurança sobre o avanço deste pacote devido à internação do presidente Lula joga contra o real. Sim, galera que gosta de desvincular política de economia, a política faz preço no câmbio aqui no Brasil.
No calendário econômico para hoje vamos acompanhar na zona do euro, antes do mercado abrir, a produção industrial de outubro. Aqui no Brasil sairá o IGP-10 de dezembro (8:00 hrs) e o IBC-Br (considerado uma prévia do PIB) de outubro (10:00 hrs). Nos EUA, teremos os índices de preços de exportação de novembro (10:30 hrs).
Bons negócios a todos, muito lucro, um abençoado final de semana e que Deus proteja o Brasil.