🤑 Não fica mais barato. Garanta a promoção com 60% de desconto na Black Friday antes que desapareça...GARANTA JÁ SUA OFERTA

Dólar Hoje na Ciranda de Diferentes Opiniões do Fed

Publicado 05.08.2021, 09:24
USD/BRL
-

Pelos fundamentos o dólar deveria cair, mas pelo grande número de fatores (políticos, fiscal, especulações, variante delta, incerteza quanto ao timing do tapering nos EUA) fica difícil de saber se vai de fundamentos ou de receios e riscos.

E ontem o relatório de criação de empregos no setor privado americano de julho (ADP) decepcionou e veio bem abaixo da expectativa dos economistas (menos da metade da projeção). Foi a menor geração de empregos nos EUA desde fevereiro. Foram criados 330 mil vagas. O número pode indicar uma desaceleração da retomada do mercado de trabalho na maior economia do mundo diante de estímulos governamentais e da recuperação nas atividades pós-pandemia.

Às 11 da manhã tivemos as atenções do mercado voltadas para o discurso de Richard Clarida do Fed. e seus comentários foram monitorados detalhadamente para encontrar qualquer sinal quanto a reduzir as compras de títulos antes do final deste ano. Segundo ele a taxa de juros por lá deveria aumentar em 2023 e disse que espera que a meta de pleno emprego do Fed. seja alcançada até o final de 2022 e com isso seja alcançada a condição para uma elevação dos juros nos EUA. O dirigente ainda afirmou que defenderá o início do "tapering", como é chamado o processo de retirada gradual dos estímulos, ainda este ano, caso suas projeções para a economia do país se confirmem. Isso puxou o cambio. Já o presidente da distrital de St. Louis do Fed., James Bullard, reforçou a sua defesa pelo início do tapering já no último trimestre de 2021, com o fim das compras de bônus pelo BC americano no primeiro trimestre do ano seguinte.

Bem capaz que o 'payroll' vai trazer uma noção sobre o 'timing' do encerramento da política monetária estimulativa do Fed. Será?

Falando de Europa agora, o índice de gerentes de compras (PMI) do setor de serviços da zona do euro subiu de 58,3 em junho a 59,8 na leitura final de julho. A expectativa, nesse caso, era de 60,6. As vendas no varejo da zona do euro cresceram 1,5% em junho, na comparação com maio. O resultado veio em linha com a previsão dos analistas. Na comparação anual, houve avanço de 5,0%.

Vamos de China, por lá a economia pode precisar de mais flexibilização monetária e fiscal para interromper a desaceleração econômica por causa das chuvas e inundações no país e devido à dura resposta das autoridades aos surtos da variante delta. O PIB por lá teve sua projeção reduzida de 6,4% para 5,1% no terceiro trimestre e de 5,3% para 4,4% no quarto trimestre.

Por aqui o PMI composto e de serviços avançou. A forte recuperação no volume de novos negócios levou a produção de serviços do Brasil à maior expansão desde o início de 2013, com o setor mantendo trajetória de crescimento em julho. O PMI Composto do Brasil aumentou a 55,2 em julho comparado a de 54,6 em junho, na taxa de expansão mais forte em nove meses. O PMI de serviços subiu a 54,4 em julho perante os 53,9 em junho, segundo aumento seguido na produção e o mais rápido em oito anos e meio. Leitura acima de 50 indica expansão.

De fluxo cambial, o Brasil registrou ingresso líquido de dólares em julho pela conta do câmbio contratado, mas o fluxo foi o segundo mais fraco do ano, pressionado por saídas nas operações financeiras. O saldo foi positivo em 831 milhões de dólares no mês passado. Em maio, a conta foi deficitária em 1, 821 bilhão de dólares. De toda forma, o fluxo cambial de julho foi bem melhor que o de um ano atrás. A conta comercial, por outro lado, impediu que o cômputo do mês fosse negativo. A diferença entre o câmbio contratado para exportação e o para importação foi de 2,740 bilhões de dólares, acima do saldo de 1, 805 bilhão de dólares de junho e do superávit de um ano atrás (1 739 bilhões de dólares). Conclusão, o fluxo cambial ficou positivo em julho, mas a conta financeira pressiona.

Para o cambio o temor fiscal e as tensões políticas não deixaram o real valorizar muito, chegando a ter fortes perdas no decorrer do dia, mas o dólar fechando em leve queda.

A busca pela segurança da moeda norte-americana é uma fuga do risco dos emergentes enquanto existe incerteza no cenário fiscal doméstico. Há inclusive rumores de que o governo vai enviar uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) para criar um fundo extra-teto cujos recursos serão provenientes de privatizações e serão destinados a programas sociais de transferência de renda, pagamento da dívida pública e antecipação do pagamento de precatórios.

Mínima ontem R$ 5, 1654 e máxima R$ 5, 2462. O dólar fechou praticamente estável em leve queda de 0,13% a R$ 5, 186 e assim acumula perda de 0,46% na semana frente ao real após ter fechado julho acumulando alta de 4,76%. E vamos ver o que fala mais alto, se é o carry trade ou todo o resto.

Últimos comentários

Carregando o próximo artigo...
Instale nossos aplicativos
Divulgação de riscos: Negociar instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve riscos elevados, inclusive o risco de perder parte ou todo o valor do investimento, e pode não ser algo indicado e apropriado a todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos, como eventos financeiros, regulatórios ou políticos. Negociar com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir operar e negociar instrumentos financeiros ou criptomoedas, você deve se informar completamente sobre os riscos e custos associados a operações e negociações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente seus objetivos de investimento, nível de experiência e apetite de risco; além disso, recomenda-se procurar orientação e conselhos profissionais quando necessário.
A Fusion Media gostaria de lembrar que os dados contidos nesse site não são necessariamente precisos ou atualizados em tempo real. Os dados e preços disponíveis no site não são necessariamente fornecidos por qualquer mercado ou bolsa de valores, mas sim por market makers e, por isso, os preços podem não ser exatos e podem diferir dos preços reais em qualquer mercado, o que significa que são inapropriados para fins de uso em negociações e operações financeiras. A Fusion Media e quaisquer outros colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo não são responsáveis por quaisquer perdas e danos financeiros ou em negociações sofridas como resultado da utilização das informações contidas nesse site.
É proibido utilizar, armazenar, reproduzir, exibir, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos nesse site sem permissão explícita prévia por escrito da Fusion Media e/ou de colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados aos colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo e/ou bolsas de valores que fornecem os dados contidos nesse site.
A Fusion Media pode ser compensada pelos anunciantes que aparecem no site com base na interação dos usuários do site com os anúncios publicitários ou entidades anunciantes.
A versão em inglês deste acordo é a versão principal, a qual prevalece sempre que houver alguma discrepância entre a versão em inglês e a versão em português.
© 2007-2024 - Fusion Media Limited. Todos os direitos reservados.