Bom dia, leitores das análises diárias do mercado de câmbio. O dólar à vista fechou o dia de ontem cotado a R$ 5,6486 para venda, conforme informado pela mesa da corretora Getmoney.
A nova queda na taxa do dólar ocorreu devido ao carry trade. A manutenção dos juros nos EUA e a aposta no aumento de 1% na taxa de juros Brasil (era aposta pois só se concretizou após o fechamento do mercado daqui) fortaleceu o real. Essa diferença de juros a favor do Brasil ficou ainda maior. A taxa Selic agora foi para 14.25% ao ano. O Fed manteve a taxa de juros norte-americana entre 4,25% e 4,5% ao ano, conforme era amplamente aguardado pelo mercado.
Eles estão projetando dois cortes de juros de 0,25% em 2025. Jerome Powell, chair do Fed, disse após a decisão que o grau de incerteza está altíssimo no momento devido às medidas do governo Trump. E olha aí uma excelente notícia para o fiscal brasileiro. O governo recuperou R$59,9 bilhões em recursos da dívida ativa da União em 2024. Esse montante ajudará a melhorar o resultado fiscal.
Sobre a decisão de juros aqui no Brasil, o aumento da Selic foi decidido por unanimidade. O Comitê disse que espera um aumento menor de juros para a próxima reunião, mas não falou em taxa final para o ciclo atual de aperto monetário.
No calendário econômico para hoje vamos acompanhar na zona do euro, antes do mercado abrir, discurso de Christine Lagarde, presidente do BCE. Sairá por lá o relatório mensal do BCE (8:00 hrs) e haverá pronunciamento de Lane também (9:00 hrs). Na Inglaterra é dia de decisão de juros (9:00 hrs). No Brasil veremos o fluxo cambial estrangeiro (14:30 hrs).
Nos EUA sairá o índice de atividade industrial e o relatório de emprego de março do Fed da Filadélfia e pedidos por seguro-desemprego (9:30 hrs).
Bons negócios a todos e muito lucro.