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Dólar na Trajetória dos R$ 3,50 ou Mais e Bovespa Perde Suporte. Economia Patina!

Publicado 24.04.2018, 11:31
Atualizado 09.07.2023, 07:32

É tempo para reflexão sobre a realidade da economia brasileira, e, questionar se houve efetivos e sustentáveis avanços ou a sociedade foi mais uma vez vítima de orquestração propagando um euforismo exorbitante a partir de fundamentos frágeis e altamente vulneráveis.

Indicadores recentes já apontam o desapontamento crescente com os indicadores da atividade econômica, deixando absolutamente transparente que a recuperação do emprego em termos efetivos é modestíssima tanto quanto da renda e do consumo, e o pior, a perspectiva sobre o que está por vir não sugere alento a este quadro.

A brusca redução do juro SELIC pelo BC e a conquista, ainda que se possa contestar a sua total coerência, da queda da inflação, não se prestaram a promover redução de custos no sistema de crédito brasileiro, que continua travado e praticando spreads incompatíveis com a nova realidade propagada pelo Banco Central do Brasil.

Quem tem sido o grande beneficiário é o sistema bancário que maximiza seus lucros e mantém incisivo incentivo, via boletim FOCUS, a mais reduções da taxa SELIC e o apontamento de inflação abaixo da meta de inflação de governo.

O mercado financeiro envolvendo dólar e Bovespa deixou-se contaminar pela exuberante liquidez internacional que fez aflorar grande fluxo de capital estrangeiro especulativo que fomentou a expressiva alta no mercado acionário e ajudou o BC a manter a taxa da moeda americana em níveis incompatíveis com o quadro real do país envolto em uma expressiva crise fiscal, quase insolucionável, visto que o governo não tem base de sustentação política que lhe permita transformar em realidade as reformas fundamentais absolutamente necessárias.

Nada disto é surpreendente, temos tido uma postura observatória deste cenário sempre muito cauteloso, sugerindo que estava faltando sensatez e equilíbrio no mercado e que o contexto inflamado de otimismo não tinha base em fundamentos críveis, desde o começo do ano percepção que foi se fortalecendo com o passar dos meses, a despeito dos inúmeros porta-vozes da absoluta recuperação da economia brasileira.

Nossa expectativa sempre teve uma visão preocupada com o que se via e temerária sobre o agravamento do acirramento político, risco que vinha sendo extremamente subjugado pelo mercado quanto a sua importância.

Nossa previsão externada de forma clara e objetiva era de termos fechado o 1º trimestre com o preço da moeda americana nos R$ 3,50, o que não ocorreu mas que tem grande chance de ser atingida no 1º quadrimestre.

A real situação da economia está cada vez mais perceptível e o quadro político cada vez mais complexa gerando dúvidas e incertezas desestabilizadoras.

Só o cenário Brasil atual já justificaria uma reversão de expectativas com o mercado acionário e o de dólar buscando ajustamento à efetiva realidade do país.

Contudo, há fatores adicionais externos que passam a preocupar pela forte capacidade de impacto nos países emergentes, em especial no Brasil, a economia americana tem comportamento indicando maiores pressões inflacionária, o que sugere que o juro americano possa ser mais rapidamente elevado, com o T-Bonds de 10 anos já atingindo 3% e com expectativa que possam chegar a 3,25%. Isto catalisa a atratividade por parte dos investidores por investimentos em dólares, exatamente no momento em que o BC brasileiro tende a reduzir mais uma vez a taxa SELIC agora para 6,25%, o que impacta negativa e adicionalmente pela queda do “apetite pelo Brasil”, já que grande parte dos recursos que aportam em nosso mercado financeiro é de origem especulativo forjado através de operações de “carry trade”.

E mais, as “commodities” sinalizam altas, contrariamente ao ano passado quando foi com seus preços cadentes a grande indutora a queda da inflação no Brasil.

A alta do juro dos T-Bonds impactará também nas Bolsas americanas e isto provocará contaminação mais intensa, se bem que o Brasil pode passar por ajuste mais intenso dos preços no mercado acionário e do dólar perdendo o alinhamento com eventual sinergia mais forte com o mercado externo, visto que tem causas e motivos próprios que impulsionarão o ajuste.

A despeito da resistência que pode insinuar a volatilidade da Bovespa e até mesmo do preço do dólar, nos parece consistente a tendência da Bovespa ir perdendo suporte, provocando a saída dos investidores especulativos estrangeiros por razões internas e externas, e o preço da moeda americana entrar em processo de apreciação frente ao real, mesmo com esforço de contenção por parte do BC.

Até as eleições acreditamos que não há riscos de retomada de otimismo e deve prevalecer cada vez um ambiente de cautela, já que o cenário prospectivo não suscita expectativas fundamentadas, mas sim muitas dúvidas e incertezas.

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