O mercado do câmbio avaliou mal a proposta do arcabouço fiscal, afinala essa proposta traz inconsistências e exime o governo de responsabilidades pelo descumprimento das metas fiscais. Para que essa proposta funcione, depende de novas receitas, e para o governo obter novas receitas vai precisar aumentar impostos, ou não sabemos de onde a grana vai sair.
O governo fala que aumento de imposto não está na mesa, então teria que ser via redução de desonerações de impostos. Mas tirar desoneração de algum setor será difícil no Congresso.
Ontem, o dólar à vista fechou o dia cotado a R$ 5,086.
No exterior, dados ruins de inflação no Reino Unido trouxeram aversão a risco. Temos também declarações de membros do Federal Reserve indicando juros altos por mais tempo nos EUA, o que colabora para “puxada” do dólar. O Livro Bege, sumário de opiniões que embasa as decisões do BC americano, mostrou pouca mudança na atividade e nas expectativas econômicas, mas também registrou queda nos empréstimos e um aperto nas condições monetárias, em quadro de incertezas.
No calendário econômico para hoje, na Zona do Euro, temos a Balança Comercial de fevereiro e a publicação da Ata da última reunião de política monetária pelo BCE. Nos EUA, veremos Pedidos por Seguro-Desemprego, Índice de Atividade Industrial e Relatório de Empregos do Fed da Filadélfia. Também teremos Vendas de Casas Novas e discurso de Waller, membro do Fed, e Bowman, membro do Fomc.
Bom feriado a todos, que tenhamos lucro e que o governo consiga fechar a conta desse arcabouço, senão, o futuro será bem incerto!