Embora ainda haja receio de que a pandemia possa afetar a economia mundial e a velocidade de retomada, já é fato que o mundo não está mais lidando com o desconhecido.
Por aqui, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) falou que vai vetar o super fundão eleitoral. E ontem saiu a arrecadação de impostos e contribuições federais que somou R$ 137,169 bilhões em junho. O resultado representa um aumento real (descontada a inflação) de 46,77% na comparação com o mesmo mês de 2020. Em relação a maio deste ano, houve queda real de 3,98% no recolhimento de impostos.
Seguimos com cautela devido às incertezas que pairam sobre as reformas administrativa e tributária, além dos riscos fiscais inerentes a tudo isso.
Neste ambiente de instabilidade segue um dólar volátil, mas de qualquer maneira uma queda boa ontem revertendo a sessões de alta. A moeda oscilou de 5,279 reais (+0,92%) a 5,1811 reais (-0,95%).
Para verem em números essa volatilidade a moeda caiu 0,35% na terça, depois de saltar 2,59% na segunda.
O sentimento positivo no Brasil com os fortes dados de arrecadação entrou na conta do alívio do dólar, por indicarem que a economia segue em trajetória de crescimento e ajudou a fechar abaixo dos R$ 5,20.
E hoje teremos a declaração de política monetária do Banco Central Europeu (BCE) e decisão de taxa de juros da Europa . Nos EUA o foco está nos pedidos iniciais de seguro desemprego.
Cada ruído político interno impacta no câmbio. E o presidente já disse que pretende fazer mudanças no Ministério na semana que vem. Segue a saga da instabilidade e fuga de fundamentos.
No mercado de câmbio até quem entende não consegue prever o comportamento da moeda. Um dia a culpa de uma super alta é da variante delta e a ameaça ao crescimento das economias mundiais e no dia seguinte a baixa R$ 5,191 porque aumentou o apetite a risco.
Sangue frio investidor para não se precipitar.