Exposição ao dólar: Melhor comprar agora do que chorar sob o peso da crise

Publicado 25.07.2025, 10:00

Tem gente que ainda se pergunta se vale a pena ter parte do patrimônio em dólar.

A história já respondeu. Repetidas vezes.

Basta olhar o gráfico dos últimos 25 anos da cotação da moeda americana para ver o que acontece nas grandes crises: o dólar sobe. Sempre. E não é por acaso – é comportamento de manada? É. Mas de uma manada muito bem informada.

Interface gráfica do usuário, Texto, Aplicativo

O conteúdo gerado por IA pode estar incorreto.

Quando a incerteza aperta e o risco parece transbordar, o investidor global recorre ao dólar como proteção. É quase automático. Não porque o dólar seja perfeito – mas porque, diante do caos, ele costuma ser o porto mais estável disponível.

Crise após crise, o padrão se repete

• 2008 – Crise do Subprime:

O mercado imobiliário americano colapsa, bancos quebram, e o dólar… dispara. Enquanto o resto do mundo afunda, ele sobe.

• 2015 – Crise da Dívida Europeia:

Com países como Grécia e Portugal à beira do calote, o euro patina. E o dólar, de novo, se fortalece como opção defensiva.

• 2020 – Pandemia da COVID-19:

A economia mundial paralisa. Pela primeira vez o dólar rompe R$ 5 no Brasil. Liquidez e previsibilidade viram sinônimo de segurança.

Não é preciso gostar dos EUA, tampouco apostar no país como potência eterna. Basta reconhecer que, em momentos de estresse global, os fluxos de capital se movem para onde o mercado enxerga menor risco. E hoje, isso ainda significa ativos atrelados ao dólar – como os títulos do Tesouro americano.

E agora? O que o cenário nos diz?

Entre eleições polarizadas, tensões geopolíticas e possíveis projetos econômicos controversos – sim, inclusive o famigerado “BBB de Trump” (Big Bad Bill) – o mundo segue inquieto. E os mercados percebem.

Por isso, a exposição ao dólar não deve ser vista como oportunismo, mas como estratégia de proteção. Especialmente para o investidor brasileiro, cuja carteira já carrega volatilidade e riscos locais por natureza.

Diversificação não é mais diferencial – é sobrevivência

Colocar parte do capital em ativos dolarizados é mais do que uma sugestão.

É uma forma de reduzir o ruído, preservar poder de compra e ganhar liberdade de movimento se o cenário local apertar.

Claro, a forma como isso é feito faz toda a diferença. Não se trata de correr para o câmbio turismo ou seguir a recomendação genérica do banco. Trata-se de estruturar a estratégia de acordo com o que você precisa, com quem tem compromisso real com seus interesses.

Um olhar independente muda tudo

Ao longo dos anos, o que vejo é simples: quem planeja com antecedência não precisa correr quando a maré vira. Já quem ignora os sinais… muitas vezes paga caro pela própria tranquilidade ilusória.

Se o mundo resolver chacoalhar mais ainda – e ele vai – estar parcialmente exposto ao dólar pode ser a diferença entre agir com calma ou correr para apagar incêndio.

Se esse assunto te cutucou, talvez seja hora de revisar sua carteira com mais atenção. Estratégia não se faz só com números. Se faz com intenção, contexto e visão clara do que você quer proteger.

Últimos comentários

Instale nossos aplicativos
Divulgação de riscos: Negociar instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve riscos elevados, inclusive o risco de perder parte ou todo o valor do investimento, e pode não ser algo indicado e apropriado a todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos, como eventos financeiros, regulatórios ou políticos. Negociar com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir operar e negociar instrumentos financeiros ou criptomoedas, você deve se informar completamente sobre os riscos e custos associados a operações e negociações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente seus objetivos de investimento, nível de experiência e apetite de risco; além disso, recomenda-se procurar orientação e conselhos profissionais quando necessário.
A Fusion Media gostaria de lembrar que os dados contidos nesse site não são necessariamente precisos ou atualizados em tempo real. Os dados e preços disponíveis no site não são necessariamente fornecidos por qualquer mercado ou bolsa de valores, mas sim por market makers e, por isso, os preços podem não ser exatos e podem diferir dos preços reais em qualquer mercado, o que significa que são inapropriados para fins de uso em negociações e operações financeiras. A Fusion Media e quaisquer outros colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo não são responsáveis por quaisquer perdas e danos financeiros ou em negociações sofridas como resultado da utilização das informações contidas nesse site.
É proibido utilizar, armazenar, reproduzir, exibir, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos nesse site sem permissão explícita prévia por escrito da Fusion Media e/ou de colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados aos colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo e/ou bolsas de valores que fornecem os dados contidos nesse site.
A Fusion Media pode ser compensada pelos anunciantes que aparecem no site com base na interação dos usuários do site com os anúncios publicitários ou entidades anunciantes.
A versão em inglês deste acordo é a versão principal, a qual prevalece sempre que houver alguma discrepância entre a versão em inglês e a versão em português.
© 2007-2025 - Fusion Media Limited. Todos os direitos reservados.