Apesar de pressão nas margens, esta ação da B3 escolhida por IA bate o CDI em 2025
Acho legal hoje iniciar aqui com uma visão do mercado brasileiro da economia americana. Penso isso porque os fatores externos têm impactado bastante na nossa taxa de câmbio.
O índice de preços ao produtor (PPI, na sigla em inglês) dos Estados Unidos veio com números abaixo do esperado por analistas. O Fed vai ter de subir o juro para colocar a economia no lugar, resta saber se será 0,5 pp ou 0,75 pp. O índice de preços ao produtor (PPI, na sigla em inglês) recuou 0,5% em julho ante junho, ante previsão de alta de 0,2% dos analistas. O núcleo do dado também trouxe números abaixo do esperado, o que reforçou debates sobre um eventual aperto monetário menos duro nos Estados Unidos. Tanto o CPI quanto o PPI sugerem que os juros lá fora não precisam explodir, mas não necessariamente é isso o que pensa o mercado lá fora.
O Brasil e seus pares da América Latina vêm registrando recuperação econômica acima do esperado, mas uma mudança de ventos no mundo, com alta de juros em economias avançadas, tende a reduzir o crescimento na região. Vamos acompanhar isso, porque não basta o componente juros para prejudicar o real, somos exportadores de commodities e tudo pode acontecer. Quem estava esperando uma guerra na Ucrânia?
Hoje em dia, a grande preocupação do mercado é a inflação, mas futuramente ficaremos mais preocupados com o crescimento da nossa economia.
O Brasil e outros países da América Latina tiveram recuperação forte dos efeitos da pandemia de Covid-19 e se beneficiaram da alta de preços das commodities após a guerra na Ucrânia. O cenário trouxe uma retomada da atividade. Mas, por outro lado, veio de brinde uma aceleração dos preços aos consumidores.
Nosso banco central agiu rápido e conseguiu manter as expectativas para a inflação de longo prazo ancoradas, sem perda de controle. Acontece que com o início do movimento de alta nos juros dos Estados Unidos e de outras economias avançadas a situação parece que começou a mudar. O dólar ganha valor e o fluxo de recursos para a América Latina tende a reduzir, também com impacto negativo sobre o PIB.
Em um ambiente de desaceleração no mundo, especialmente nos Estados Unidos e Europa, o que deve ser observado é um recuo nas cotações das commodities, o que piora os termos de troca do Brasil e de seus pares, embora ajude a conter a inflação. Fiquem atentos a estes movimentos.
Como eu digo para vocês, por enquanto nosso diferencial de juros está bem atrativo.
Ontem o dólar comercial encerrou o dia vendido a R$ 5,158, com alta 1,44%. A cotação passou a disparar após declarações de dirigentes do Fed de que o órgão continuará a ser rígido no combate à inflação nos Estados Unidos.
Para fechar a semana, o calendário de hoje traz aqui no Brasil o fluxo cambial estrangeiro. Já nos EUA, veremos expectativas de inflação e confiança do consumidor de Michigan.
Bom final de semana para todos e que vocês fechem a semana realizando bons lucros!