Acho legal hoje iniciar aqui com uma visão do mercado brasileiro da economia americana. Penso isso porque os fatores externos têm impactado bastante na nossa taxa de câmbio.
O (PPI, na sigla em inglês) dos Estados Unidos veio com números abaixo do esperado por analistas. O vai ter de subir o para colocar a economia no lugar, resta saber se será 0,5 pp ou 0,75 pp. O (PPI, na sigla em inglês) recuou 0,5% em julho ante junho, ante previsão de alta de 0,2% dos analistas. O núcleo do dado também trouxe números abaixo do esperado, o que reforçou debates sobre um eventual aperto monetário menos duro nos Estados Unidos. Tanto o CPI quanto o PPI sugerem que os juros lá fora não precisam explodir, mas não necessariamente é isso o que pensa o mercado lá fora.
O Brasil e seus pares da América Latina vêm registrando recuperação econômica acima do esperado, mas uma mudança de ventos no mundo, com alta de juros em economias avançadas, tende a reduzir o crescimento na região. Vamos acompanhar isso, porque não basta o componente juros para prejudicar o real, somos exportadores de commodities e tudo pode acontecer. Quem estava esperando uma guerra na Ucrânia?
Hoje em dia, a grande preocupação do mercado é a inflação, mas futuramente ficaremos mais preocupados com o crescimento da nossa economia.
O Brasil e outros países da América Latina tiveram recuperação forte dos efeitos da
pandemia de Covid-19 e se beneficiaram da alta de preços das commodities após a guerra na Ucrânia. O cenário trouxe uma retomada da atividade. Mas, por outro lado, veio de brinde uma aceleração dos preços aos consumidores.
Nosso banco central agiu rápido e conseguiu manter as expectativas para a inflação de longo prazo ancoradas, sem perda de controle. Acontece que com o início do movimento de alta nos juros dos Estados Unidos e de outras economias avançadas a situação parece que começou a mudar. O ganha valor e o fluxo de recursos para a América Latina tende a reduzir, também com impacto negativo sobre o PIB.
Em um ambiente de desaceleração no mundo, especialmente nos Estados Unidos e Europa, o que deve ser observado é um recuo nas cotações das commodities, o que piora os termos de troca do Brasil e de seus pares, embora ajude a conter a inflação. Fiquem atentos a estes movimentos.
Como eu digo para vocês, por enquanto nosso diferencial de juros está bem atrativo.
Ontem o dólar comercial encerrou o dia vendido a R$ 5,158, com alta 1,44%. A cotação passou a disparar após declarações de dirigentes do Fed de que o órgão continuará a ser rígido no combate à inflação nos Estados Unidos.
Para fechar a semana, o calendário de hoje traz aqui no Brasil o . Já nos EUA, veremos expectativas de inflação e confiança do consumidor de Michigan.
Bom final de semana para todos e que vocês fechem a semana realizando bons lucros!
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