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Finanças Comportamentais: Os Vieses Cognitivos – Parte I

Publicado 20.02.2022, 13:45

Então, você se tornou um INVESTIDOR. Deixou definitivamente o daytrade, passa cada vez menos tempo olhando o homebroker e está debruçado nos conceitos do Value Investing em busca das empresas de valor das quais pretende ser sócio pelas próximas décadas.

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Resumindo, finalmente encontrou o mapa certo!

Como todo bom investidor precisa ter conhecimentos multidisciplinares, acredito que, para quem já entendeu os conceitos de PREÇO e VALOR, o próximo passo seja entender COMO SUA MENTE FUNCIONA. Nos próximos artigos vou abordar conceitos sobre Finanças Comportamentais, uma área de conhecimento que estuda como nossa mente influencia nossas tomadas de decisão e qual o impacto disso no desempenho dos nossos portfólios.

Vamos começar pelos vieses cognitivos. Para que o texto não se torne enfadonho, vou dividi-lo em três partes de forma que você possa assimilá-los com a devida importância.

Vieses cognitivos, por definição, são atalhos mentais responsáveis por julgamentos antecipados e percepções equivocadas de diversas situações. Como diria Cobb, (personagem interpretado por Leonardo DiCaprio no filme A Origem) “O vírus mais letal que existe é uma ideia: quando você a tem, é quase impossível se livrar dela”.

Começaremos pelo viés de ancoragem. A ancoragem está relacionada a uma informação, normalmente a primeira, que acaba se sobrepondo a outras. A ideia de comprar barato é um bom exemplo. Há empresas baratas na bolsa que sempre foram baratas. E em determinados momentos, a depender da conjuntura e do ciclo econômico vivido, ficam ainda mais. Porém elas não crescem, consequentemente seus preços não sobem. Isso pode ser observado em empresas mistas cuja ingerência do Estado - no país do populismo - é histórica. Mas o investidor ancorado fica cego com esse aspecto qualitativo e, quando observa o preço caindo, entende que é hora de “encher o carrinho”, já que ninguém está vendo o que só ele vê. Essa comportamento também é conhecido por “Armadilha de Valor”.

Outro exemplo de ancoragem é se basear no preço médio (ou como alguns se referem, “preço mérdio”). Você paga 10 em uma ação, vê que ela está desabando, compra por 7, 5, 3... Muitas vezes, mesmo “pegando uma faca caindo”, observar seu preço médio sendo ajustado para baixo lhe traz uma maior segurança e sensação de controle quando as mudanças nos fundamentos da empresa podem estar sendo responsáveis pela deterioração de uma tese de investimento, que iminentemente terminará em uma realização de prejuízo.

Entenda: NÃO IMPORTA  ABSOLUTAMENTE NADA, QUANTO VOCÊ PAGOU POR UMA AÇÃO. O que fará seu preço subir é a capacidade da empresa de entregar resultados: Se eles são crescentes e o preço está caindo, ótimo! Mas se estão estagnados e o cenário se tornou desfavorável, não tenha o menor problema em realizar prejuízo. Continuar comprando ou manter a posição na expectativa de uma alta, nada mais é do que VOCÊ ancorado em uma ilusão.

Pra reforçar a importância de se navegar desancorado, lembre-se que os grandes investidores nunca falam que têm X reais em XPTO3, mas que têm X ações de XPTO3. Ou seja, tanto faz o preço de tela no momento da fala, pois lucro ou prejuízo só se manifestam no ato da venda.

A única forma de se livrar das armadilhas cognitivas é a percepção sincera de como você funciona. Esse processo é lento e gradual, mas fundamental à sua curva de aprendizagem.

No próximo artigo abordarei outras armadilhas, como a Ilusão de Controle. E como sempre digo, lembre-se: Não existem atalhos.

Ótima semana!

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