Frango: Abate de frango atinge recorde em maio

Publicado 12.09.2025, 09:00
Atualizado 12.09.2025, 09:00

Dados divulgados no último dia 10 pelo IBGE mostram que, em maio, mês em que foi registrado o primeiro caso de gripe aviária em granja comercial no Brasil, foram abatidas 575,9 milhões de cabeças de frango no País, um recorde mensal, considerando-se toda a série histórica do Instituto, iniciada em 1997. Vale lembrar que a confirmação do caso do vírus da Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP) no dia 15 de maio levou importantes parceiros comerciais do Brasil a suspender as importações da carne de frango. Segundo pesquisadores do Cepea, parte dos agentes de mercado acredita que o abate de frango recorde justamente em maio pode ter sido uma mera coincidência, refletindo apenas uma programação do setor já realizada em meses anteriores. Já outros apontam que a indústria, otimista que essa situação seria revertida rapidamente, teria aproveitado para fazer estoques.

OVOS: Exportação cai pelo 2º mês; EUA perdem liderança

As exportações brasileiras de ovos caíram em agosto pelo segundo mês consecutivo, conforme dados da Secex compilados e analisados pelo Cepea. Pesquisadores explicam que a redução nas compras dos Estados Unidos, reflexo das tarifas impostas pelo governo norte-americano, foi um dos maiores motivos para a queda. Assim, os EUA perderam a liderança dentre os principais destinos da proteína brasileira, posição que ocupavam desde março deste ano. Foram 2,13 mil toneladas de ovos in natura e processados embarcadas pelo Brasil em agosto, volume 60% menor que o de julho, mas 72% superior ao de agosto/24. O Japão tornou-se o principal destino da proteína nacional no último mês, adquirindo 578 toneladas de ovos, 29% a mais que em julho. Mesmo com a retração nos últimos dois meses, o desempenho da parcial deste ano segue positivo. De janeiro a agosto, o Brasil exportou cerca de 32,3 mil toneladas de ovos in natura e processados, quantidade 192,2% acima da de igual intervalo de 2024 e já superando em 75% o total embarcado em todo o ano passado, ainda conforme números da Secex analisados pelo Cepea.

CITROS: Queda de frutos reduz projeção da safra de laranja 25/26

A queda de frutos, reforçada pelo avanço de doenças, derrubou a estimativa da safra de laranja 2025/26, conforme dados do Fundecitrus (Fundo de Defesa da Citricultura) analisados pelo Cepea. O segundo relatório do Fundo, divulgado nessa quarta-feira, 10, apontou que o cinturão citrícola (estado de São Paulo e Triângulo Mineiro) deve colher 306,74 milhões de caixas de 40,8 kg, volume 2,5% abaixo do indicado em maio, ou redução de 7,86 milhões de caixas. Pesquisadores ressaltam que, desde o início da temporada, o setor já estava alerta quanto ao impacto da queda de frutos, mas os dados atuais confirmam que o problema é ainda mais grave que o inicialmente projetado. Enquanto algumas regiões registram perdas próximas de 10%, outras chegam a enfrentar reduções de até 45%, dependendo da variedade e das condições locais. Segundo o Centro de Pesquisas, o avanço das doenças, como o HLB (greening) e o cancro cítrico, tem reforçado esse quadro, o que preocupa e aumenta o risco de a produção não ser suficiente para recompor o patamar estratégico dos estoques industriais até junho de 2026, ao término da safra.

ARROZ: Preços são os menores desde jan/22

A média do Indicador do arroz em casca CEPEA/IRGA-RS (58% de grãos inteiros, pagamento à vista) encerrou a primeira semana de setembro em R$ 66,52/sc, a menor desde jan/22, em termos reais (deflacionamento pelo IGP-DI). Pesquisadores do Cepea explicam que, apesar do bom desempenho das exportações – em agosto, o volume embarcado foi o maior em quase dois anos –, o recorde de produção da safra 2024/25 mantém elevado o excedente interno e pressiona as cotações, cenário reforçado pela estabilidade do consumo e pela menor competitividade do cereal no mercado externo. Segundo compradores consultados pelo Centro de Pesquisas, a comercialização do arroz beneficiado segue restrita, limitando a valorização da matéria-prima. Muitas indústrias têm priorizado grãos já depositados em unidades de beneficiamento, evitando compras externas. Do lado da oferta, alguns produtores mantêm estoques na expectativa de preços melhores, enquanto outros mostram maior interesse em negociar. Ainda assim, nem a proximidade do período de preparo do solo para a nova safra, nem a necessidade de aquisição de insumos têm levado orizicultores a acelerar vendas. 

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