Os preços da carne de frango e das duas principais concorrentes, bovina e suína, seguem em movimento de alta no mercado doméstico neste mês. A proteína avícola, contudo, ainda se mostra como a opção mais competitiva, já que os valores desta carne têm se distanciado das cotações das concorrentes. Levantamento do Cepea mostra, inclusive, que a diferença atual entre os preços da carne de frango e os das concorrentes é a maior da série, iniciada em 2004, em termos reais (as médias mensais foram deflacionadas pelo IPCA de setembro/20). Segundo colaboradores do Cepea, a alta competitividade favorece a demanda doméstica pela carne de frango, que, por sua vez, tem impulsionado consecutivamente as cotações da avicultura de corte nos últimos meses. No mercado da carne bovina, as exportações em ritmo aquecido e o preço elevado da arroba do boi gordo, por conta da menor oferta de animais para abate, elevam as cotações da carcaça. A situação para a carne suína é similar à bovina, com oferta restrita de animais em peso ideal de abate, contexto que tem impulsionado as cotações de todo o setor. Nas últimas semanas, a baixa disponibilidade e os preços elevados dos principais insumos da atividade suinícola, milho e farelo de soja, têm preocupado agentes deste setor, tendo em vista que isso tende a restringir ainda mais a oferta de animais no curto e médio prazos.
CITROS: LIQUIDEZ ELEVADA E BAIXA OFERTA MANTÊM PREÇO DA LARANJA PERA EM ALTA
O ritmo de vendas de laranja continua aquecido em São Paulo, apesar do período de fim de mês e dos elevados preços da fruta. Esse cenário atrelado à baixa oferta mantêm os preços em alta. Para a laranja pera, a média parcial desta semana (segunda a quinta-feira) é de R$ 40,47/cx de 40,8 kg, na árvore, avanço de 1,6% frente à anterior. No caso da lima ácida tahiti, o clima desfavorável segue elevando a oferta de frutas miúdas. Dessa forma, os preços tiveram, novamente, forte oscilação ao longo da semana, mas ainda estão em bons patamares, sustentados pelo maior consumo. Na parcial desta semana, a tahiti teve média de R$ 54,37/cx com 27 kg, colhida, queda de 14,2% em relação ao período anterior. A previsão é de que o volume da tahiti aumente no próximo mês, caso as chuvas retornem e sejam suficientes para beneficiar o desenvolvimento dos frutos nos pés. Além disso, novas áreas de produção devem iniciar as atividades de colheita, o que pode reforçar o aumento da disponibilidade.