Com o início do mês e o consequente aumento no poder de compra do consumidor em função do recebimento dos salários, a maior parte das regiões acompanhadas pelo Cepea tem registrado aumento nas cotações das carnes de frango resfriada, congelada e dos cortes. O aquecimento da demanda neste início de mês também tem refletido na valorização das principais carnes substitutas, bovina e suína. No entanto, como a valorização do frango resfriado foi mais expressiva na Grande São Paulo, a proteína perdeu competitividade frente à carne suína. No comparativo com a bovina, a competitividade da carne de frango manteve-se praticamente estável. Na Grande São Paulo, o frango inteiro congelado se valorizou 1,9% no acumulado de novembro, a R$ 4,30/kg nessa quinta-feira, 8. Para a proteína resfriada, a elevação foi de 3,8%, com o produto negociado a R$ 4,35/kg nessa quinta. Quanto aos cortes, os valores da maioria também reagiram neste início de mês no atacado paulistano. A tulipa resfriada teve a valorização mais acentuada no acumulado do mês: de 8,1%, a R$ 12,76/kg nessa quinta, e o preço do mesmo produto congelado registrou alta de 1,4%, a R$ 12,24/kg.
OVOS: OFERTA DIMINUI E PREÇOS VOLTAM A SUBIR
Com os descartes de poedeiras realizados nos últimos meses e a consequente diminuição da oferta de ovos comerciais, as cotações do produto tipo extra vêm sinalizando recuperação neste início de novembro. O aquecimento da demanda, atrelado ao recebimento dos salários, também contribui para as altas dos preços. Além disso, as exportações brasileiras de ovos in natura aumentaram com força em outubro, ajudando a enxugar a oferta doméstica e, consequentemente, a impulsionar os valores – segundo pesquisadores do Cepea, o maior volume exportado está atrelado à baixa atratividade do mercado interno. Em outubro, de acordo com dados da Secex, os envios da proteína ao exterior somaram 948,8 toneladas, quantidade 81,4% maior que a embarcada em setembro. Assim, entre 1º e 8 de novembro, o preço do ovo branco tipo extra subiu 10,24% em Bastos (SP), fechando a R$ 64,05/cx com 30 dúzias nessa quinta-feira, 8. Para o vermelho, o aumento foi ainda mais expressivo: de 12,3%, para R$ 70,84/cx nessa quinta.
CITROS: MAIOR DEMANDA IMPULSIONA PREÇOS DA PERA; TAHITI SE DESVALORIZA
A procura por laranja pera aumentou ligeiramente no mercado in natura nesta semana, mas apenas para as frutas com maior qualidade. Conforme colaboradores do Cepea, embora os atuais patamares de preços ainda limitem avanços significativos da demanda, o período de início de mês favoreceu o consumo de cítricos. Por outro lado, a elevação da oferta de frutas tardias e temporãs já tem afetado as cotações da pera. De 5 a 8 de novembro, a variedade registrou média de R$ 30,31/cx de 40,8 kg, na árvore, recuo de 6,5% em relação à semana passada. Já quanto à lima ácida tahiti, o aumento gradativo do volume de frutas miúdas tem resultado em queda nos preços. A diferença entre os valores da fruta de menor e de maior calibres é de aproximadamente 30,00 Reais/cx. Na parcial desta semana (5 – 8), a média da tahiti foi de R$ 55,93/cx de 27 kg, colhida, recuo de 14% em relação à da semana passada. A expectativa de produtores consultados pelo Cepea é de continuidade das baixas, por conta da previsão de aumento de oferta.