Os futuros do café arábica acumularam ganhos por sete sessões consecutivas. Essa tendência foi influenciada por indicadores técnicos e pelo enfraquecimento da moeda norte-americana. Além disso, mereceu atenção a redução do fluxo exportador brasileiro, no mês passado, e as previsões de chuvas, nos próximos dias, sobre importantes regiões produtoras do País, que estão em fase de colheita.
Ontem, o dólar comercial foi cotado a R$ 3,4727, com queda de -0,8% em relação ao fechamento da última sexta-feira. Contribuíram para esse comportamento o cenário político doméstico e as intervenções do Banco Central do Brasil no mercado de câmbio, por meio do swap reverso.
Nesta semana, o Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (CeCafé) divulgou que exportações de café (verde e industrializado) apresentaram, em abril, retração de 25% na comparação com o mesmo período do ano passado, somando 2,406 milhões de sacas.
Na ICE Futures US, o vencimento julho do Contrato C foi cotado, na terça-feira, a US$ 1,3005 por libra-peso, com alta de 555 pontos em relação ao fechamento da semana anterior. O vencimento julho do contrato futuro do robusta, negociado na ICE Futures Europe, encerrou o pregão de ontem a US$ 1.678 por tonelada, com valorização de US$ 29 ante a sexta-feira anterior.
No mercado físico nacional, os preços da saca de café registraram evolução positiva. Os indicadores calculados pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) para as variedades arábica e conilon foram cotados, ontem, a R$ 469,06/saca e a R$ 390,20/saca, respectivamente, com variação de 1,9% e 1,7% frente ao fechamento da semana antecedente.
Segundo levantamento realizado pela instituição, a colheita capixaba de café robusta, iniciada em abril, avançou apenas 10%. No mesmo período do ano passado, esse percentual era de 30%. As perspectivas são de que a operação se encerre mais cedo neste ano devido à quebra de safra. Até agora, o rendimento dos cafés tem sido até 25% menor em relação a um ano produtivo normal.