Após uma sequência de nove sessões em território positivo, os contratos futuros do café arábica, desde terça-feira, iniciaram um movimento de declínio, que foi intensificado ontem e direcionou a Bolsa de Nova York para um fechamento negativo no acumulado da semana.
Os principais fatores que pesaram sobre as cotações futuras do café na ICE Futures US foram a realização de lucros, devido aos patamares alcançados após nove sessões consecutivas de alta, o dólar fortalecido e a consequente liquidação de posições por parte dos fundos, que se retiraram dos ativos de risco, como as commodities. O contrato "C" com vencimento em julho/2016 encerrou os negócios a US$ 1,2395 por libra-peso, com perdas de 615 pontos ante a sexta-feira passada.
As posições futuras do café robusta acompanharam o desempenho da bolsa nova-iorquina e registraram desvalorização na semana. Sobre a ICE Futures Europe também pesou a questão climática, já que há previsão de chuvas nas áreas produtoras do Vietnã. Segundo a World Weather, precipitações ocorreram nas áreas centrais cafeeiras do país, com volume variado. O contrato com vencimento em julho/2016 caiu US$ 42 na semana, fechando o pregão de ontem a US$ 1.638 por tonelada.
O dólar comercial apresentou elevação de 1,32% frente ao seu desempenho da semana passada, sendo cotado a R$ 3,5702 na quinta-feira. O desempenho da divisa norte-americana foi puxado pela realização de ajuste das posições provocado pelo tom mais firme da ata do Federal Reserve (FED, banco central dos EUA) divulgada na quarta-feira, a qual sinalizou a possibilidade de uma elevação na taxa de juros nos Estados Unidos já no próximo mês.
No mercado físico brasileiro, os preços da saca de café seguiram as bolsas internacionais e caíram na semana. Os indicadores calculados pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) para as variedades arábica e conilon foram cotados, ontem, a R$ 458,79/saca e a R$ 388,20/saca, com perdas, respectivamente, de 2,04% e 0,22% na comparação com a semana antecedente.