Os futuros do café registraram queda nesta semana mais curta devido ao feriado do Carnaval no Brasil e às comemorações do Ano Novo Lunar no Vietnã. A elevada aversão ao risco no mercado financeiro internacional e as questões cambiais têm desfavorecido as soft commodities.
Nos últimos dias, o cenário econômico mundial foi abalado por quedas nas bolsas devido à crescente preocupação com o desaquecimento da economia global e à nova desvalorização dos preços do petróleo.
Ontem, o dólar comercial foi cotado a R$ 3,9837, acumulando alta de 1,9% em relação ao fechamento da última sexta-feira. Além da influência do cenário externo, as incertezas sobre os rumos da economia brasileira favorecem a depreciação do real frente à moeda norte-americana.
Na ICE Futures US, o vencimento março do Contrato C foi cotado, na quinta-feira, a US$ 1,13 por libra-peso, com queda de 740 pontos em relação ao fechamento da semana anterior. O vencimento março do contrato futuro do robusta, negociado na ICE Futures Europe, encerrou o pregão de ontem a US$ 1.382 por tonelada, com desvalorização de US$ 45 em relação a sexta-feira passada.
Os indicadores calculados pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) para as variedades arábica e conilon, no mercado físico nacional, foram cotados, ontem, a R$ 482,19/saca e a R$ 399,97/saca, respectivamente, com variação de -2,9% e -0,4% em relação ao fechamento da semana anterior. A instituição comentou as sucessivas valorizações dos preços da saca do conilon desde junho do ano passado, que, conforme o Cepea, são motivadas pela oferta retraída. Na quinta-feira, o diferencial de preços entre as variedades foi de R$ 82, o mais apertado desde fevereiro de 2013.