Após semana volátil, futuros dos EUA apontam para uma abertura em baixa em Wall Street
ÁSIA: Os principais mercados asiáticos fecharam em modesta alta nesta sexta-feira, após oscilarem entre ganhos e perdas, embora os principais índices da Austrália e do Japão registraram perdas semanais.
No Japão, o índice Nikkei fechou em alta de 0,36%, apresentando um declínio semanal de 2,21%. O Topix adicionou 0,38%, para 1.295,67 pontos após iene japonês buscar 99,84 em relação ao dólar, antes de enfraquecer para níveis próximos 100,21 no período da tarde. Na quinta-feira, o iene atingiu 99,62 durante o horário asiático. A relativa fraqueza da moeda, em comparação com a sessão de quinta-feira, ajudou a apoiar as ações dos principais exportadores.
Do outro lado do Estreito Coreano, o Kospi fechou estável, mas registrando um ganho semanal de 0,28%.
Na Austrália, o ASX 200 ganhou 0,34%, para 5.526,68 pontos. O subíndice de energia caiu 0,57%. Na semana, o índice perdeu quase 0,1%. Os principais bancos australianos abriram em baixa após a agência de classificação Moody´s revisar as perspectivas de rating de cinco bancos australianos de estável para negativa, incluindo os chamados Big Four: ANZ, Commonwealth Bank of Australia (CBA), National Australia Bank (NAB) e Westpac, mas depois CBA ainda conseguiu recuperar e fechar no positivo, assim como o NAB. Os grandes bancos têm estado sobre pressão este ano devido ao aumento de dívidas incobráveis relacionadas à sua exposição aos setores de recursos, que sofreram uma queda global nos preços das commodities. BHP Billiton subiu 1,9% e fechou a semana com alta de 3%.
Em Hong Kong, o índice Hang Seng caiu 0,37%, enquanto na China continental, o Shanghai Composite subiu 0,15%, para 3.108,72 pontos, enquanto o Shenzhen Composite ganhou 0,12%.
EUROPA: As bolsas europeias recuam nesta sexta-feira, com perdas para os fabricantes de automóveis colocando pressão sobre índice de referência da região, que segue em direção a um declínio semanal. O índice pan-europeu subiu 0,7% na quinta-feira, a primeira alta após quatro sessões de declínios, mas o índice estava de volta ao vermelho, nesta sexta-feira, seguindo para uma queda semanal de 1,6%, o que marcaria sua segunda queda semanal em três semanas.
No geral, a indústria enfrenta grandes desafios, em parte, com o ciclo de demanda americana próximo do seu pico e o ciclo europeu se aproximando, segundo o Goldman em uma nota. Entre outras questões, a indústria está enfrentando a concorrência dos veículos elétricos. O Goldman tem como classificação de comprar para apenas quatro ações do setor: Fiat Chrysler Automóveis, Daimler AG (DE:DAIGn), Peugeot e fabricante de equipamentos agrícolas CNH industrial.
Durante o pregão europeu, o Brent cai ligeiramente abaixo de US$ 51 o barril e a commodity está em foco nos mercados, nesta sexta-feira, com os investidores aguardando os dados mais recentes da contagem de sondas nos EUA. Statoil e Tullow Oil (LON:TLW) seguem em território negativo.
No Reino Unido, o FTSE 100 cai na sequência da alta de 0,1% na quinta-feira e segue para selar uma queda de 0,9% na semana, o que seria a primeira perda semanal em três semanas. Segundo analistas, o FTSE tem sido procurado entre os investidores por altos dividendos de suas empresas e tornou-se mais acessível com a libra mais barata, no entanto, as ações do Reino Unido se tornarão gradualmente menos atraentes num ambiente de taxa próximo a zero ou negativo, com a queda dos rendimentos dos dividendos podendo convencer muitos investidores a perseguir lucros em mercados alternativos.
Entre as mineradoras, Anglo American (LON:AAL) cai 0,9%, Antofagasta (LON:ANTO) recua 0,3%, Glencore (LON:GLEN) perde 1,0% e entre as gigantes, BHP Billiton cai 1,4% e Rio Tinto (LON:RIO) opera em baixa de 0,5%. Entre as poucas ações em alta, a companhia aérea EasyJet sobe 2,13% com a queda dos preços do petróleo.
EUA: Wall Street deve abrir em baixa nesta sexta-feira, encerrando uma semana de bastante volatilidade dominada pela polêmica de que se o Federal Reserve irá elevar os juros no início de setembro. O desânimo veio após o presidente do Fed de San Francisco, John Williams, dizer na quinta-feira que gostaria de ver outro aumento da taxa "mais cedo ou mais tarde", sugerindo que ele é uma das autoridades do banco central que gostaria de ver uma alta, no próximo mês. No início desta semana, o presidente do Fed de Nova York, William Dudley, também sugeriu que uma alta em setembro seria possível, enquanto o chefe do Fed de Atlanta, Dennis Lockhart, falou em "pelo menos um" aumento neste ano.
Não há discurso de autoridades do Federal Reserve ou grandes dados econômicos agendados para esta sexta-feira e os mercados agora começam a olhar para a agenda de Janet Yellen em Jackson Hole, na próxima sexta-feira.
Os mercados de ações dos EUA registraram pequenos movimentos nesta semana com os investidores interpretando a minuta da reunião de julho do Fed divulgado na quarta-feira, que mostrou um quase empate entre os membros do comitê. Na quinta-feira, os principais benchmarks conseguiram avançar, ajudados por uma recuperação dos preços do petróleo. Para a semana, os mercados americanos seguem de olho em pequenos ganhos.
AGENDA DO INVESTIDOR EUA: Não está prevista a divulgação de dados econômicos importantes.
Observação: Este material é um trabalho voluntário e gratuito, resultado da compilação de dados divulgados em diversos sites da internet que são aqui resumidos de maneira didática para facilitar e agilizar a compreensão do leitor. O texto da sessão asiática está no tempo passado e a europeia no presente devido ao horário em que este relatório é redigido. Atenção para o horário da disponibilização dos dados.