Yellen resumiu o que se muito tem dito recentemente, que os EUA não necessitam de grandes elevações de juros em vista ao contexto inflacionário.
Novamente, a chairwoman se mostrou preocupada com os níveis de desemprego abaixo do que se consideram pleno, onde um maior aquecimento econômico poderia se traduzir como inflação, porém não é o que tem ocorrido.
Com isso, o gradualismo foi novamente colocado em pauta e a influência nos mercados globais foi imediata.
A redução de liquidez promovida pelo Fed pode surtir algum efeito em breve nos EUA, porém se choca com os programas em andamento na Ásia e Europa.
Em resumo, ainda haverá muito dinheiro no mercado por um longo tempo.
CENÁRIO POLÍTICO
A reação positiva do mercado financeiro à condenação do ex-presidente Lula em primeira estância tem menos a ver com política e mais a ver com economia.
Lula se despiu de suas vestes de “paz e amor” faz um bom tempo, principalmente passado o processo de impeachment de sua sucessora e agora busca a todo o custo sua recondução ao governo. Muitos se perguntam, qual seria o problema, afinal Lula foi considerado positivo para a economia.
Sim, foi, porém mais por uma conjunção de fatores de sorte, do que por ações efetivas do governo.
Os benefícios dos programas de transferência de renda são indubitáveis, porém o Brasil “surfou” em uma onda global muito positiva de commodities, a qual sustentou o crescimento elevado no período, além da manutenção da ortodoxia econômica pelo período certo.
Todavia, a primeira grande ação contra uma crise (2008) levou ao exato desastre fiscal que atingiu o governo Dilma. Neste período, nada foi feito no sentido de se alterar os estigmas econômicos brasileiros, como a questão fiscal, trabalhista e tributária.
Os temores com seu retorno seriam exatamente do retrocesso dos mínimos avanços recentes ocorridos com tais pautas e ações que poderiam trazer de volta a inflação e a incerteza econômica.
Daí a tal “preferência” para que ele não retorne.
CENÁRIO DE MERCADO
A abertura na Europa é positiva assim como os futuros em NY operam em alta, em resposta ao discurso dovish de Janet Yellen.
Na Ásia, o fechamento foi positivo, seguindo o fechamento no ocidente.
O dólar opera em estabilidade contra a maioria das divisas, após abertura negativa, enquanto os Treasuries operam com rendimento negativo em todos os vencimentos observados.
Entre as commodities metálicas, a alta é generalizada, não sendo seguida somente pelo minério de ferro no porto de Qindao.
O petróleo abriu negativo com a redução da demanda chinesa pela commodity, mesmo com a melhora expressiva da balança comercial.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 3,2084 / -1,44 %
Euro / Dólar : US$ 1,14 / -0,245%
Dólar / Yen : ¥ 112,95 / -0,194%
Libra / Dólar : US$ 1,29 / 0,272%
Dólar Fut. (1 m) : 3225,63 / -1,24 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Julho 18: 8,48 % aa (-0,12%)
DI - Julho 19: 8,95 % aa (-1,10%)
DI - Janeiro 21: 9,76 % aa (-2,01%)
DI - Janeiro 25: 10,47 % aa (-2,06%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: 1,57% / 64.836 pontos
Dow Jones: 0,57% / 21.532 pontos
Nasdaq: 1,10% / 6.261 pontos
Nikkei: 0,01% / 20.100 pontos
Hang Seng: 1,16% / 26.346 pontos
ASX 200: 1,11% / 5.737 pontos
ABERTURA
DAX: 0,243% / 12657,24 pontos
CAC 40: 0,658% / 5256,51 pontos
FTSE: 0,115% / 7425,44 pontos
Ibov. Fut.: -0,19% / 65443,00 pontos
S&P Fut.: 0,242% / 2446,00 pontos
Nasdaq Fut.: 0,311% / 5803,75 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: -0,31% / 82,35 ptos
Petróleo WTI: -0,62% / $45,21
Petróleo Brent:-0,59% / $47,46
Ouro: 0,19% / $1.222,80
Minério de Ferro: -0,60% / $64,09
Soja: -0,26% / $19,50
Milho: -0,80% / $373,25
Café: 1,25% / $126,00
Açúcar: 1,19% / $13,68