Com um olho no gato e outro no peixe, algumas das commodities agro mais líquidas estão testando subidas por coberturas de posições.
A agenda financeira é extensa e complicada nesta terça - aqui tanto faz se for o gato ou o peixe, do provérbio - nos Estados Unidos com PMI e vagas abertas (ainda pairando o payroll da sexta-feira) e no Brasil (PIB 3T23).
Por fundamentos, pouco há a adicionar sobre o desempenho da soja e café, por exemplo. O açúcar estava comprado, mas já voltou a cair. Está valendo o riscado de sempre nesses derivativos de risco elevado, quando não se compra um “papel”, e sim lotes a futuro.
Fundos cobrindo posições compradas após bagatelas – como ocorreria, na mão inversa, por vendas depois de expressivas altas.
Movimentos mais frequentes, ainda, quando os ativos se encontram naquelas nebulosas de expectativas. No caso da soja, tem o WASDE, o relatório global de oferta e demanda que o Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) soltará daqui a três dias.
Então, a soja sobe, com esse empurrão de popa, mas sem convicção, após duas surras seguidas que, na soma simples, entregou 35 centavos de dólar.
Os futuros avaliam mais de 2,50 pontos na Chicago Board of Trade (CBOT), em torno 0,20%, negociado o janeiro em US$ 13,08, US$ 13,10. O café igualmente apanhou em 3% a menos e reage a mais 0,43% para liquidação em março na ICE Futures, a 180,20 c/lp.
Os dois padecem das incertezas entre o que de fato será limado da safra brasileira, após a onda forte de calor e seca, mas encontrando resistência nas cotações ante a umidade voltando ao Brasil – ainda que sob desconfiança da regularidade e eficiência.
Quanto ao açúcar, os fundos desistiram do movimento. A força da safra açucareira do Brasil está demais e com o petróleo fraco de pano de fundo, sem ao menos conseguir voltar aos US$ 80 o barril na praça londrina.
E já cai próximo de 1% para entrega em março, a 25,57 c/lp.