Tem sido ásperos oito meses para a Meta Platforms (NASDAQ:FB) (SA:FBOK34), com as ações da empresa tendo perdido mais da metade do seu valor, desvalorizando-se 54% ao fechamento da última quarta-feira.
Cerca de metade das perdas que pesam sobre as ações da empresa controladora do Facebook ocorreram no dia 3 de fevereiro, quando o ativo caiu 26,4% num único dia, fazendo sumir mais de US$ 230 bilhões em valor de mercado. Foi a maior perda individual de valor da história.
O selloff do FB foi desencadeado por um anúncio de resultados trimestrais lamentável que incluiu inúmeros resultados abaixo do esperado, dentre os quais a rentabilidade, junto a notícias de queda no número de usuários na plataforma do Facebook. Foi a primeira vez na sua história que a gigante das redes sociais apresentou recuos na comparação trimestral nesta métrica crítica.
Já o mais recente relatório de resultados da empresa, divulgado no dia 27 de abril, foi completamente diferente. A Meta superou as expectativas para o lucro por ações (LPA), embora a receita tenha decepcionado. Mesmo assim, a ação disparou, ganhando 17,6% no pregão seguinte.
A aceleração de usuários foi especialmente encorajadora para os investidores, aliviando os temores de que a plataforma estava sangrando à medida que os usuários desertavam para o TikTok e outros sites mais focados nos jovens.
Mas será que a recuperação da ação, com fundamentos mais positivos, sugere que ela chegou ao fundo?
As ações encontraram suporte numa linha de tendência de alta em atuação desde a mínima de dezembro de 2018. O vale do dia 27 de abril foi 9,5% menor do que a mínima do dia 14 de março. Embora isso pareça uma queda significativa, levando-se em conta o mergulho de 43,3% a partir do pico do dia 2 de fevereiro em relação ao vale do dia 11 de março, é um recuo proporcionalmente menor. Tanto assim, na verdade, que pode acabar se provando como o fundo de uma formação ombro-cabeça-ombro (H&S).
No entanto, a perspectiva mais ampla, por meio do gráfico semanal desde 2018, conta uma história com mais nuances.
A partir deste ponto de vista, é mais fácil identificar que a linha de tendência de alta para a qual o preço retornou é estável em relação aos avanços, criando o potencial para uma subida bem maior e mais íngreme num H&S.
Embora o preço tenha caído abaixo da MM de 200 semanas duas vezes, em dezembro de 2018 e março de 2020, formando dois ombros esquerdos, é a primeira vez que a negociação formou um pico, transformando a MM primária numa resistência - a primeira vez que isso ocorreu desde que a empresa estreou na bolsa em 18 de maio de 2012.
A MM de 50 semanas está empurrando para baixo a MA de 100 semanas, que também está caindo. Assim, qual deve ser o procedimento de um trader em meio a essas padrões em desenvolvimento e o cruzamento de tendências? Devem adotar uma posição longa ou entrar em short? Essa decisão vai depender do seu nível de habilidade.
Estratégias de negociação
Os investidores conservadores devem esperar até que ou o fundo da formação H&S menor, ou o topo do H&S maior, se concluam antes de agir.
Os investidores moderados podem arriscar uma compra se o preço retestar com sucesso os níveis de US$ 170 ou superarem os US$ 240.
Os investidores agressivos entrariam curtos depois de o preço recuar das máximas de sexta-feira, abaixo da MMD de 50 dias, antes de se juntar aos investidores moderados. Quando os padrões ainda estão emergindo, a gestão do dinheiro se torna a decisão crucial. Veja um exemplo:
Exemplo de negociação – posição curta agressiva
- Entrada: US$ 205
- Stop-Loss: US$ 215
- Risco: US$ 10
- Meta: US$ 175
- Recompensa: US$ 30
- Taxa Risco-Recompensa: 1:3
Exemplo de negociação complementar – posição longa agressiva
- Entrada: US$ 175
- Stop-Loss: US$ 165
- Risco: US$ 10
- Meta: US$ 205
- Recompensa: US$ 30
- Taxa Risco-Recompensa: 1:3