Estamos testemunhando o estouro da bolha da realidade virtual. A saga da FTX é a ponta do iceberg para o mercado de moedas digitais. Antes desse drama, o Bitcoin já havia perdido três quartos do seu valor desde novembro de 2021. E a Meta Platforms (BVMF:M1TA34)(NASDAQ:META) já perdeu uma quantidade similar do seu valor no mesmo período, enquanto se esforça para construir sua própria realidade virtual.
Isso me levou a questionar quanto do valor da Tesla (BVMF:TSLA34)(NASDAQ:TSLA) é derivado dos bons e velhos fundamentos e quanto se baseia em seu líder carismático. Em 10 de dezembro de 2020, escrevi que “chegou a hora de as ações supervalorizadas da Tesla voltarem para a Terra?” Eu expliquei:
“O apresentador do programa Mad Money, Jim Cramer, afirma que os jovens investidores acreditam em Elon Musk. O fundador e CEO da Tesla é tido como o novo 'Steve Jobs’ por esses investidores, que parecem estar dispostos a comprar ações da empresa a qualquer preço.
Os jovens investidores também são a principal razão para o forte rali da Tesla desde março. De fato, Cramer chegou mesmo a dizer que talvez devêssemos buscar os conselhos desses jovens, que são em sua maioria amadores”.
Vamos dar uma olhada na correlação entre a TSLA e o BTC.
O cenário técnico vale mil palavras.
Esta é outra visão.
A Tesla completou um OCO de topo de 11 meses de duração, um clássico padrão de reversão. O alvo implícito é obtido pela medição da altura da estrutura, com a expectativa de que o movimento se repita a partir do rompimento até US$ 21.
Agora, não estou dizendo que a ação atingirá esse valor. É assim que os analistas técnicos definem alvos com base em um século de operações. O problema com uma ação como a Tesla é que seu padrão de reversão é muito desproporcional em relação ao seu preço histórico, como o Bitcoin.
Quando a criptomoeda era negociada abaixo de US$ 43.000, fui ridicularizado quando sugeri que estava rumo a US$ 30.000 e que, se perdesse esse patamar, voltaria a tocar as mínimas de vários anos. Ressaltei que o alvo do padrão apontava para abaixo de US$ 0. Naquele momento, os institucionais estavam entrando no mercado, e uma nova geração de traders de assets e bancos de investimento afirmavam que a cripto poderia subir até US$ 100.000 ou US$ 1 milhão. Eu não sabia que o BTC afundaria. O que eu sabia era o “alvo implícito” dos padrões operacionais.
Portanto, por que o padrão de preços é grande em relação ao preço histórico da ação? Porque sua valorização ocorreu em um ritmo desproporcional e possivelmente insustentável.
Em 2 de novembro, o preço concluiu uma flâmula de baixa após a queda inicial de 29,1% em duas semanas. O alvo implícito é um declínio de US$ 84 a partir do rompimento de US$ 229, o que nos dá US$ 145.
Na quarta-feira, a ação concluiu uma bandeira ascendente, como a flâmula de baixa após a liquidação anterior em 7 sessões. Seu alvo implícito é uma repetição da queda de US$ 60 em relação ao ponto de rompimento de US$ 191, até US$ 131.
Se esses dois padrões acontecerem, acabarão rompendo o canal de baixa, aumentando o ritmo de queda do papel.
Estratégias de negociação – setups de entrada na venda
Traders conservadores devem aguardar o preço ficar abaixo da mínima de US$ 177 de 9 de novembro, bem como uma correção que exiba uma correção e pelo menos três sessões, durante as quais o preço não pode voltar a superar a bandeira.
Traders moderados devem aguardar uma queda abaixo de US$ 180 e pelo menos um filtro de dois dias para garantir que não seja uma armadilha para os vendidos. Além disso, podem esperar um movimento de retorno para melhorar a entrada e obter maior confirmação.
Traders agressivos poderiam abrir venda desde já.
Exemplo de operação – Venda agressiva (USD)
- Entrada: 185
- Stop-Loss: 195
- Risco: 10
- Alvo: 135
- Retorno: 50
- Relação risco-retorno: 1:5
Aviso: No momento da publicação, o autor não tinha qualquer posição nos instrumentos mencionados.