Haverá um grande aumento nos preços do petróleo?

Publicado 10.06.2025, 13:35

Os futuros do petróleo bruto WTI subiram para cerca de US$ 66,1 por barril na terça-feira, continuando os ganhos pela segunda sessão consecutiva, já que as tensões geopolíticas contínuas alimentam preocupações sobre uma possível redução na oferta global.
A Rússia e a Ucrânia realizaram uma segunda rodada de negociações diretas de paz após a forte escalada das hostilidades no dia anterior, mas as discussões não produziram nenhum progresso significativo na resolução do conflito de três anos.

Intensificando ainda mais as preocupações com a oferta, um incêndio florestal em Alberta, no Canadá, forçou uma interrupção temporária da produção de petróleo e gás. Enquanto isso, a OPEP+ manteve seu aumento de produção em julho no mesmo nível dos dois meses anteriores, diminuindo os temores de um aumento na oferta.

Além disso, um diplomata iraniano disse na segunda-feira que o Irã está pronto para rejeitar a proposta dos EUA para resolver a disputa nuclear que já dura uma década, dizendo que ela não atende aos interesses de Teerã ou muda a posição de Washington sobre o enriquecimento de urânio.
Um incêndio em Alberta, no Canadá, causou uma interrupção temporária na produção de petróleo e gás, aumentando ainda mais as preocupações com o fornecimento. Enquanto isso, a OPEP+ decidiu manter seu aumento de produção em julho no mesmo nível dos dois meses anteriores, diminuindo as preocupações com o excesso de oferta.

Na semana passada, a OPEP+ decidiu aumentar sua produção combinada em mais 411.000 barris por dia. A decisão foi tomada após as expectativas de um aumento mais significativo que afetou os estoques de energia antes da última reunião do grupo. O aumento foi menor do que o esperado, o que teve um impacto positivo sobre os preços, que continuam subindo.

Para os investidores do setor de petróleo, o pior temor é uma possível repetição de uma guerra de preços como a de 2020, que levou a um colapso drástico nos preços do petróleo.

Esse cenário é improvável, pois os EUA não podem se permitir um preço do petróleo abaixo de US$ 50. Na verdade, US$ 50 representam o ponto de equilíbrio para o setor de petróleo. Essa situação está levando os EUA e a Arábia Saudita a uma abordagem mais cautelosa, razão pela qual o esperado aumento significativo na produção de petróleo não ocorreu na semana passada.

Outro sinal positivo para os preços do petróleo surge da análise da curva de futuros, que atualmente está em retrocesso. O retrocesso é uma condição em que os preços futuros são mais baixos do que o preço à vista atual, resultando em uma inclinação descendente da curva futura. À medida que a data de vencimento do contrato se aproxima, o diferencial entre o preço à vista e o preço a termo tende a se reduzir, fazendo com que a curva volte a convergir para o preço à vista.

As condições dos mercados futuros são:

Mercado normal (contango): oferta e demanda equilibradas.

Demanda fraca e excesso de oferta: amplificação do contango.

Excesso de demanda: redução do contango para backwardation, em que a diferença entre os preços próximos e distantes pode, teoricamente, aumentar indefinidamente.

Os aumentos recentes, apoiados por volumes acima da média, indicam que somente a superação da média móvel de 200 períodos poderia desencadear uma forte tendência longa com uma meta de US$ 70 por barril.

As recentes tensões geopolíticas sugerem a possibilidade de um movimento de alta no petróleo. O Irã aumentou seus estoques de urânio enriquecido para níveis próximos aos de armas nos últimos meses, levantando mais dúvidas sobre a possibilidade de se chegar a um acordo com os EUA sobre o programa nuclear de Teerã.

As sanções e restrições ao fornecimento global de petróleo favorecerão um aumento nos preços. As tensões entre a Rússia e a Ucrânia continuam, com ataques mútuos em vez de negociações. Esperamos que os preços do petróleo fiquem em torno de US$ 70 no próximo trimestre.

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