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Hora do Gráfico – ABEV3, Renda Fixa dentro da Variável

Publicado 05.07.2017, 05:05
Atualizado 09.07.2023, 07:32

Quem trabalha com gestão de carteira tem uma superstição que diz “Se você for montar uma carteira de renda variável, sempre coloque papéis de renda fixa”.

Contraditório? Sim, mas eu explico. O medo de qualquer gestor de carteira é acordar pela manhã, tomar seu café e ao ligar seu televisor estar lá uma notícia do tipo “Presidente T é flagrado com milhões na cueca dados pelo presidente da empresa FriVaca”.

Brincadeiras à parte, quando uma notícia devastadora como essa vem à tona, pode ter certeza que terá muito gestor saindo correndo de casa para chegar ao trabalho mais cedo e tentar conter a crise que será o mercado naquele dia. E não adianta, essas notícias conhecidas no jargão do mercado como cisnes negros são sempre imprevisíveis (à exceção daqueles que tem informação privilegiada) e causam grandes prejuízos à carteira de quase todos os fundos expostos às bolsas de valores.

Mas então como diminuir o risco de ter um resultado contaminado por grandes movimentos de correção na bolsa? Será que isso é possível? Antes de entendermos como evitar tais riscos, vamos entender o que de fato é risco:

Do dicionário, risco é “Probabilidade de prejuízo ou de insucesso em determinado empreendimento, projeto, coisa etc. em razão de acontecimento incerto, que independe da vontade dos envolvidos”. Posto dessa forma podemos entender que risco é a probabilidade de eventos inesperados frustrar nossas previsões. Já no mercado financeiro, quando falamos de risco, podemos dividi-lo em dois grandes grupos:

a) Risco Sistêmico: o risco sistêmico é aquele que afeta o mercado como um todo e poucos (ou nenhum) ativos conseguem não sofrer com a interferência deste evento. Dentre eles: escândalos políticos, problemas econômicos de um país, problemas conjunturais e etc..

b) Risco Não-Sistêmico:
afeta apenas algum setor, grupo de empresas ou uma companhia em específico. Tendem a ser de menor proporção, mas podem de uma única vez acabar com todas as empresas ou segmentos envolvidos. Exemplos recentes:

- Ingerência política: afetou empresas públicas.
- Crise das commodities: afetou empresas que trabalham com commodities (SA:PETR4), (SA:VALE5), (SA:USIM5)).
- Escândalo da “Carne Fraca”: afetou empresas do setor frigorífico.

Dessa forma, dependendo do tipo de carteira que eu vou montar (mais arriscada, menos agressiva) eu vou distribuir meu capital no percentual exato de ativos dos quais eu estou disposto a correr seu risco.

Mas, voltando ao tema principal desse artigo, quais papéis eu colocaria em uma carteira que quer sofrer o menor impacto possível dos eventos citados acima e ainda me trouxesse alguma rentabilidade? Pois bem, eu possuo a disposição algumas boas empresas que ao longo das próximas semanas vou compartilhar com vocês, sendo a primeira delas a nacionalmente conhecida AMBEV.

AMBEV – Só no passo do elefantinho.

A (SA:ABEV3) é um daqueles papéis que cai bolsa, sobe bolsa e ela está lá, “Pasito a pasito, suave suavecito”, sempre na sua subida constante sem se preocupar em disparar com movimentos agressivos para cima, o que lhe ajuda a maneirar também nas descidas absurdas que nós vemos alguns papéis darem (TCNO4 (SA:TCNO4) + 100% em um dia, -60% no outro).

Veja seu gráfico (gráfico já ajustado após Split em 2013):

ABEV3 - Canal Altista

Quisera eu ter economizado cada real gasta na compra de cervejas da Ambev e ter, ao invés disso, comprado um papel da empresa. Hoje eu já seria rico!!!

Entre altos e baixos, o papel vem em uma forte e clara tendência ao longo dos anos em um movimento altista, movimento este que foi bastante suavizado tanto em momentos de aquecimento da economia, bem como nos dois últimos anos em plena crise, onde o ativo segurou bem seu patamar de preço, mesmo estando em um setor que foi fortemente afetado pela crise.

Consumo das famílias.

Contrariando então a premissa dos tais papéis com risco sistêmico (vide relação com o setor de consumo), a Ambev não demonstra a mesma sensibilidade para o movimento do setor como seus pares listados no mercado, dentre eles:

Empresas do setor de consumo

Repare, porém em uma característica interessante da ABEV3, é que ela possui longos canais (na análise gráfica também conhecido como retângulos), onde a empresa costuma a acumular força para então avançar para o um próximo patamar, onde o ativo fica respeitando absurdamente seus suportes e resistências.

Congestão no gráfico ABEV3

Atualmente, o papel está no seu terceira grande retângulo de acumulação, onde tem permanecido desde o começo de 2015, ou seja, quase dois longos anos de acúmulo de forças onde nem compradores e tampouco vendedores conseguiram impor pressão em um dos lados do papel. E isso se deu com o fato de que, mesmo em um cenário de crise a ABEV3 tem sido utilizada como margem de manobra de alguns fundos que precisam criar stops de prejuízos em ações mais agressivas e “segurar” a rentabilidade do mês quando demais ativos vem para baixo.

Além disso, os papéis da ABEV3 são bons pagadores de dividendos, o que torna o papel também atrativo para carteiras em que o foco é o recebimento de proventos:

Pagamento dividendos - ABEV3

ABEV3 – PRÓXIMOS PASSOS.

O papel segue basicamente mercado, então o que ditará os rumos da ABEV3 são basicamente três pontos: a) Indicadores econômicos, b) Notícias e c) Avanços das reformas. Ou seja, o papel vai ficar muito próximo do Ibovespa, seguindo a regra de quando o mercado sobe ela acompanha em menor intensidade e quando o mercado rasga pra baixo ela também cai menos.

Sobre os pontos a se avaliar do setor de bebidas, a queda da inflação aliada a um consumo baixo está fazendo que, aos poucos, as famílias voltem a consumir. A partir do 4º Tri/17 e 1º Tri/18, época em que o consumo de cerveja volta a crescer dado o clima propício, podemos ver uma puxada para cima no preço do papel. Aliado à isso, ano que vem tem Copa do Mundo, então na metade do ano o consumo de cerveja tende a crescer novamente.

Do lado político, qualquer reforma e/ou projeto aprovado que melhore a perspectiva sobre o futuro econômico do país e que reflita na parte de consumo deve influenciar o valor da cotação, seja para cima (mais provável) ou para baixo (o que eu duvido, posto que a empresa tem conseguido manter um canal de alta frente adversidades).

No curto prazo, a empresa ainda não recuperou o patamar pós-delação da JBS (SA:JBSS3) quando abriu um exhausting gap de queda, que pareceu que abriria uma reversão de movimento de alta e buscaria patamares na casa dos 16,00 ~17,00. O papel desceu então até a EMA200 (um forte suporte [linha verde limão]) e desde então vem respeitando essa linha, servindo ela como bons pontos de entrada.

Com um desenho de flâmula o papel parece que ficará nesse movimento de vai vem sem grandes indicadores de rumo, dado seu baixo volume nas últimas semanas e um FRI que se mantém há algum tempo na região dos 40-60 mil pontos.

Projeção cenário - ABEV3

Como estimativa de preço para o médio prazo, podemos nos utilizar da linha central das Bandas de Bollinger e das EMAs de curto prazo (9 e 21 dias, em azul e rosa respectivamente) como ponto médio separando um movimento baixista x altista e com tendência de alta para a região dos 19,00 para até o final do ano.

A recomendação dos analistas que acompanham o papel é “quem comprou na casa dos 20,00 melhor segurar, pois a empresa tem chances de voltar nesse patamar e quem ainda não entrou vale a pena entrar para o LP (dado o que eu disse de um verão mais quente e uma copa vindo ai)


Recomendação de compra - ABEV3

 

DISCLAIMER: ISTO É APENAS UM COMENTÁRIO SOBRE ANÁLISE TÉCNICA E NÃO CONSTITUI NENHUMA ESPÉCIE DE ACONSELHAMENTO FINANCEIRO.

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